STF arquiva o trensalão: quanto o PSDB tem que roubar para ser julgado?

O que todo mundo já sabe é que os políticos do PSDB são raramente processados, entretanto, a “blindagem” tucana vai mais longe e quando processados, os juízes brasileiros dão um jeitinho para arquivar o processo. Contra os políticos de esquerda, como os do PT, os juízes, os tribunais e o ministério público realizam o maior esforço e empenho para ajuizarem todas as ações possíveis e imagináveis, utilizando igualmente todas as teorias punitivistas que o mundo do direito oferece, quando não criam suas próprias teses dentro dos processos penais, vide os exemplos da “teoria do domínio do fato” e a “corrupção por ato de ofício”.

O maior exemplo disso é o recente arquivamento de uma ação penal, conhecida como “trensalão tucano”, tendo como objeto a fraude de licitações no Metrô de São Paulo, durante o governo de Geraldo Alckmin do PSDB, pelo STJ. Este tribunal, que também se autodenomina de tribunal da cidadania, declarou a prescrição dos crimes que teriam ocorrido em 2005, ao passo que a denúncia só havia sido recebida em 2014.

É preciso observar que todas as instâncias se articulam para beneficiar a tucanagem, e sem qualquer reclamação ou estardalhaço pela mídia nativa. Não há powerpoint ou declaração bombástica de juízes ou promotores, mas tudo é sincronizado para que das sombras não saia qualquer saliência. Os telejornais continuam amplificando a virulência contra os partidos de esquerda, dando ampla repercussão aos julgamentos e processos contra dirigentes do PT, enquanto ocultam a enorme armação golpista em favor do tucanato e de outras forças políticas da direita golpista.