Professores são forçados a deixarem aulas porque escolas não adequam horários

Na atribuição que ocorre no inicio do ano, os professores da rede estadual paulista pegam suas aulas que são assegurados por uma legislação específica para cada categorias: efetivo, OFA (“temporários”), celetistas, entre outros.

No planejamento começa a ser elaborado o horário. Para os professores que tem aula em uma só escola as coisas se adequam – mesmo que enfrentando dificuldades e não recebendo por aulas vagas (“janelas”), quando são obrigados a ficarem aguardando nas escolas pelas próximas aulas. Para os professores que tem aulas atribuídas em duas ou mais escolas, a coisa é ainda pior e começa a “saga” do horário, da tentativa de fazer com que haja compatibilidade entre os horários das diferentes escolas.

Esse problema do horário vira um tormento na vida de muitos professores que acabam ficando com faltas até que ocorra a adequação das escolas. Mas em muitos casos, há direções de escolas  que pressionam para que os professores “deixe” as aulas, já tão escassas na rede, provocando perdas salariais.

Por causa de horários que se chocam há casos de professores que tiveram que deixar um número significativo de aulas, havendo casos de 6 a 12 aulas, por intransigência das direções das escolas, um absurdo, pois se foi assegurado a atribuição de aulas ao professor, é preciso que resolva os problemas de horário.

Com a redução da jornada resolveria esse e outros problemas, como professores sem aula e horário coincidindo, pois isso ocorre devido ao número excessivo de aulas e ATPCs.

A política de desmonte e sucateamento do magistério, continua criando dificuldades para o trabalho dos professores, além dos salários miseráveis e de condições inadequadas que provocam doenças em milhares professores da rede estadual de ensino.