Polícia suspeita de matar Marielle receberá armamento de guerra para continuar matando no RJ

Enquanto a esquerda pequeno-burguesa faz coro com a Rede Globo e com o general Villas Boas e não denuncia a intervenção militar no Rio e a morte de Marielle Franco como consequência direta desse fato, os militares seguem se armando e fortalecendo a repressão contra o povo. A justificativa é suposta necessidade de se combater a “criminalidade”, a qual segundo eles é responsável pela morte da vereadora do PSOL.

Na última terça-feira, 23, o exército recebeu uma doação de 100 fuzis, modelo semelhante ao AR-15, os quais serão repassados para a Polícia Militar Carioca. De acordo com uma das empresas que realizaram a doação, o valor das armas e das munições, foram mais de 100 mil balas doadas, chega na casa do R$ 1,5 milhão. A arma doada é a mesma utilizada pelos exército no Haiti, nas chamadas operações “humanitárias”.

De maneira ilegal e autoritária, as forças armadas se colocam diretamente contra o povo pobre de seu próprio país com o objetivo de defender o golpe de Estado e os interesses imperialistas. Como se pode ver, não irão medir esforços para conter, seja por qual meio for, a revolta popular contra as arbitrariedades cometidas pelos golpistas.

Utilizam-se da imprensa e da morte de uma liderança das comunidades, como era o caso de Marielle Franco, para justificar o aumento do seu arsenal, já extremamente equipado e da consequente chacina em escalas gigantescas que pretendem promover.

Ao contrário do que propagam os generais, o inimigo não é o tráfico, muito menos a criminalidade, isso é apenas uma máscara, o inimigo é o próprio povo, suas lideranças, suas organizações e movimentos, os quais constituem uma verdadeira ameaça aos planos de destruição das condições de vida da população pobre e trabalhadora.

É necessário, portanto, mobilizar a população contra a intervenção militar, exigir a imediata retirada das tropas das favelas, a derrota do golpe de estado e a dissolução de todo o aparato repressivo, verdadeira máquina de extermínio da população