Lula: “Não vou fugir”, todos em defesa do ex-presidente

Ganhou repercussão nacional a entrevista concedida por Lula ao jornal Folha de S. Paulo, em grande medida porque o ex-presidente se declara inocente das acusações, que são resultado de processo político de perseguição, e que não pretende abandonar a luta contra essa perseguição.

Neste momento, o ex-presidente é o maior obstáculo para o avanço do golpe de Estado, para o aprofundamento das medidas impopulares da direita que tomou de assalto o Poder Executivo e outras instituições.

Ele representa uma força de mobilização popular gigantesca, capaz de colocar nas ruas todo a população que é contra o golpe de Estado, contra as reformas e a intervenção militar no Rio de Janeiro, etc. Por isso a necessidade de prendê-lo, de retirar do regime político a maior liderança popular dos últimos tempos.

Ao contrário do que alguns esperavam, Lula, diante de toda a perseguição política, diz na entrevista que “não vou me matar, nem fugir do Brasil. Vou lutar até ganhar”.

Essa disposição é encontrada em quase toda a população. Ninguém está disposto a entregar todos os direitos trabalhistas e democráticos para os golpistas, e a liberdade de Lula representa uma vitória do movimento contra o golpe.

É preciso lutar contra a prisão de Lula, que é iminente. Impor uma dura derrota ao judiciário golpista, responsável por centenas, senão milhares de prisões políticas nos últimos anos. Impor uma derrota ao golpe, de conjunto. E reverter todas as medidas golpistas que retiraram bilhões de reais dos cofres públicos para repassar para os capitalistas nacionais e principalmente estrangeiros.