Rio de Janeiro: com a intervenção militar, quem perde é a cultura

O Rio de Janeiro pós-intervenção militar, corta ainda mais os gastos em Cultura. Dos pequenos R$ R$ 166,6 milhões, em 2017, agora a fatia para a cultura caiu para R$ 125,2 milhões, 25% a menos.  Com apenas 0,21% das despesas totais, o setor da cultura tenta “espremer” todas as brechas orçamentárias destinadas a área, mas é pouco e está em queda.

Estado golpista e interventor tende, de fato, a reduzir esses valores a zero. Com o sucateamento da cultura, quem resta são monopólios como a Rede Globo, sabida fonte principal de dominação do imperialismo sobre a opinião das massas.

No estado de exceção total, o Rio também estabelece uma política de “contingenciamento” dos gastos principais. Isso implica, na prática, em cortes maiores dos limites permitidos por lei de valores destinados a setores fundamentais.

Com a desculpa da crise provocada pelos “escândalos da Petrobras”, o estado aproveita-se para continuar a redução de gastos com a Cultura, que, na verdade, vêm caindo sistematicamente desde 2014. Agora, porém, eles têm uma brecha para a diminuição percentual de valores abaixo dos níveis mínimos permitidos por lei. Isso só é mais um indício de que o golpe vigente, o sucateamento da cultura e o redirecionamento dos gastos para fins imperialistas, não são de agora, mas que seguem um plano sólido de ações sucessivas por todo o país.