Itaú consegue liberação da justiça para dar um calote de R$ 26,6 bi nos cofres públicos

Da redação – Mais um fato revela a quais interesses servem a maior parte das instituições públicas brasileiras. O banco Itaú, por meio de manobras junto ao Poder Judiciário e ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), vem conseguindo impedir que a Fazenda Nacional, representando os interesses do Tesouro e do povo brasileiro, possa cobrar e receber cerca de R$ 26,6 bilhões em tributos federais decorrentes da fusão do Itaú com o Unibanco em 2008.

Trata-se de valores potencialmente devidos aos cofres públicos a título de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido por ganhos de capital, em função da valorização das ações do banco ao seres repassadas aos acionistas do Unibanco na fusão, o que gerou um lucro bilionário ao Itaú e estaria sujeito à incidência de tributos.

Durante o processo, houve denúncias de que um ex-relator do CARF teria cobrado propina do Itaú para votar a favor do banco, o que ocasionou sua prisão e seu afastamento do caso.

Neste momento, a Fazenda Nacional tenta reverter a situação, mas o Itaú obteve uma liminar favorável na Justiça para impedir que a discussão seja levada adiante.