Israel lança ataques aéreos à Faixa de Gaza

Na manhã de segunda (18), caças israelenses bombardearam nove alvos supostamente pertencente ao Hamas na faixa de Gaza. O ataque seria uma represália a pipas e balões incendiários enviados através da fronteira pelos palestinos. Ainda não há um levantamento de vítimas, embora se saiba da morte de um jovem de 24 anos em local próximo à fronteira.

Desde 30 de março, os palestinos vêm realizando protestos semanais contra a ocupação de seu território pelos israelenses há 70 anos, após a 2ª Guerra Mundial, quando o imperialismo decidiu estabelecer definitivamente uma base no Oriente Médio. É a chamada Grande Marcha de Regresso. O estado israelense reprimiu brutalmente as manifestações, abrindo fogo contra a população, matando mais de 125 pessoas, ferindo mais 3500, e provocando amplo repúdio internacional.

Condenados à miséria por um boicote comercial, exilados, oprimidos, praticamente aniquilados e sem recursos, os palestinos resistem como lhes é possível: organizando passeatas, improvisando armas, recorrendo ao terrorismo desesperados. O uso de pipas e balões para levar tochas incendiárias ao território vizinho é um exemplo disso. Sua efetividade se limitou a lavouras incendiadas em fazendas, sem qualquer vítima. Os militares israelenses enviaram drones para interceptar os artefatos, mas os palestinos os vinham abatendo.

À medida em que mais esse capítulo do confronto entre palestinos e israelenses de desenrola, fica clara a política de extermínio conduzida pelo imperialismo no Oriente Médio para garantir acesso ao petróleo da região. Os ataques em Gaza são apenas mais um front numa guerra que também dizima arbitrariamente as populações na Síria, no Líbano, no Iraque, e que ameaça permanentemente o Irã.