DIEESE: mulheres ganham 30% menos que homens no setor de Tecnologia da Informação

Nesta semana saíram os resultados de uma pesquisa, realizada em São Paulo pelo Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação (SINDPD), juntamente com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) que revela a disparidade salarial entre gêneros. As mulheres, segundo os estudos, ganham, em média, 30,4% a menos que os homens.

Tal disparidade é notória nos amplos campos de atuação. Com o aprofundamento do golpe, tais práticas se tornam ainda mais frequentes. Com o vigor da terceirização, por exemplo, os salários caem drasticamente e as mulheres, assim, são as mais afetadas. Com o que ganham, mal conseguem comer e pagar suas contas.

A exploração e a desigualdade, todavia, não são vistas exclusivamente no mercado de trabalho. Estes são reflexos da opressão da mulher de forma geral. Tais práticas são milenares e foram aprofundadas pelo sistema capitalista. Além do desenvolvimento laboral, recai sobre elas o cuidado do lar e dos filhos. As atividades domésticas são o cerne da escravização social da mulher e elas possuem um importante papel na economia, com uma dupla jornada de trabalho e salários inferiores.

A condição de escravização social da mulher só acabará com a derrubada total do capitalismo. Sendo assim a luta das mulheres deve ser a luta política, para que tenham equidade salarial, além de melhores condições de trabalho, bem como para que, com o aprofundamento do golpe, seus direitos até então adquiridos não sejam massacrados. Derrotar os golpistas é o passo para uma melhor condição de vida à todos os trabalhadores.