Campanha salarial de emergência nos frigoríficos

Os trabalhadores nas empresas de carne e frios de São Paulo e grande São Paulo estão sem reajuste salarial desde novembro, data-base da categoria.

Os patrões ganharam muito nas costas dos trabalhadores e reajustaram seus produtos em percentuais que ultrapassaram os 20%. A carne, por exemplo, teve um reajuste de 22%. Os patrões, no entanto, ignoraram completamente seus funcionários oferecendo uma mixaria de 1,83%.

O Sindicato dos trabalhadores nas Indústrias de Carne, Derivados e do Frio no Estado de São Paulo recusou a proposta desde o início, quando começaram as negociações. De lá para cá foram feitas algumas reuniões que não resultaram em avanços aos trabalhadores, a ultima foi no mês de março. Os patrões, porém, estão com as suas contas bancárias abarrotadas de dinheiro, continuaram desconsiderando os trabalhadores que precisam se alimentar, morar, comprar roupas, etc.

Todos os produtos extrapolaram a fraudulenta inflação. Além da carne, o gás de cozinha, os combustíveis, água, luz, etc., subiram tanto que quase dobraram o seu valor, o gás e a gasolina atingiram mais de 100%, enquanto os salários dos trabalhadores estão congelados há sete meses.

É necessária a realização de uma campanha salarial de emergência, para recuperar o que os patrões deixaram de repassar aos trabalhadores no ano de 2017 e repor os valores referentes à este ano, de janeiro até o mês de junho.

Enquanto os patrões estão nadando em dinheiro, os trabalhadores têm que amargar uma situação de penúria, onde sequer podem alimentar sua família, pagar o aluguel….

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carne, Derivados e do Frio no Estado de São Paulo estará, ao longo dessa semana, nas fábricas de várias regiões, realizando reuniões com os trabalhadores para, na quinta-feira (28) realizar uma assembleia geral da categoria para organizar a mobilização nas diversas fábricas.