Fim da polêmica, Ciro é de direita e diz que Brasil “não aguenta um governo de esquerda”

Ciro Gomes disse, com todas as letras, a uma publicação dos Estados Unidos (Americas Quarterly), que o Brasil “não aguenta um governo de esquerda”. Essa declaração é uma espécie de encerramento da polêmica em torno da figura de Ciro Gomes.

Com essas palavras, Ciro quis dizer que o Brasil não aguenta um governo de Lula, único capaz de bater nas eleições todos os candidatos do golpe, inclusive ele, Ciro, o homem dos nem-5% de projeção eleitoral.

Em outras oportunidades, Ciro já havia dito que precisa colocar ordem nessa “baderna”, ou seja, reorganizar o golpe de Estado, que não consegue se estabilizar. Ele, Ciro, não é um candidato com apoio da burguesia, que se agrupa em torno do tucano Geraldo Alckmin.

A direita busca se concentrar, organizar uma chapa que unifique os golpistas, talvez com Alckmin. Teria, ainda, a extrema-direita e, na esquerda, Lula. Mas é um processo que precisa de acompanhamento constante.

Até agora os golpistas não se mobilizaram para impedir a candidatura de Lula. Estamos chegando ao final de junho e teríamos um mês e meio para inscrever os candidatos, o tempo que direita teria para impedir a candidatura de Lula. Se ele for inscrito vai ficar evidente o golpe para tirar ele da eleição.

Ciro quer se qualificar diante dos golpistas como homem capaz de continuar e aprofundar o golpe de Estado. Por outro lado, somente Lula consegue aglutinar as forças anti-golpistas, e, por isso a importância de insistir na candidatura de Lula. Apoiar Ciro seria apenas para estrangular a luta contra o golpe.