Extrema-direita divide governo de Merkel, pânico se espalha no imperialismo

A chanceler alemã Angela Merkel enfrenta nesse momento a situação política mais instável desde que assumiu o poder há mais de uma década. A extrema direita na figura de Horst Seehofer, líder da União Social Cristã (CSU), começa a ganhar peso político influenciando com seu discurso mais acintosamente anti-imigração setores que antes compunham a base da primeira-ministra.

Em toda a Europa setores radicais de direita vem ganhando espaço conforme a estabilidade do imperialismo no mundo começa a se aprofundar. O discurso ultranacionalista e xenófobo que caracteriza esses grupos políticos fez eco inclusive na América, influenciando o voto estadunidense no milionário Donald Trump, que prometia entre outras coisas construir um muro de dimensões continentais separando o México dos EUA.

Merkel, que pertence ao partido conservador União Democrata Cristã (CDU), já enfrenta há anos esse problema e tem controlado a situação por meio de alianças políticas que diante da crise estão perdendo a liga e ameaçam de esfarelar. O próprio partido da primeira-ministra já apresenta fissuras internas que podem levar a um racha irreversível.

Fenômenos similares com variantes de intensidade acontecem na França, Itália, Reino Unido além de outras nações com menor importância geopolítica. Isso é sinal de mais um processo convulsivo do imperialismo que se assenta sobre um sistema econômico moribundo que resiste artificialmente ligado a uma imensa máquina global de guerra e propaganda.