Até mesmo antes de começar a Copa do Mundo, o imperialismo já havia lançado uma campanha de boicote ao evento, justamente por ele ocorrer no território de um de seus rivais mais poderosos: a Rússia.
A Inglaterra, principalmente, encabeçou o boicote, retirando diplomatas da Rússia. De começo, as acusações eram acerca de um suposto ex-espião russo que teria sofrido um atentado em Londres. Após o caso “morrer” na mídia burguesa, levantou-se o problema de que a população russa seria racista, xenofóbica e homofóbica, e isso seria um problema durante a Copa.
Foram preparadas cartilhas e torcedores do mundo inteiro foram bombardeados com uma campanha para se “tomar cuidado” na Rússia.
O mais irônico dessa situação é que, até agora, foram justamente os ingleses que foram flagrados em ações racistas. Um grupo de torcedores foi filmado, na cidade de Volgogrado, fazendo saudações nazistas e cantando músicas anti-semitas.
Mas a ignorância não se restringe só aos já conhecidos hooligans ingleses. Alan Sugar, um lorde, bilionário e apresentador da BBC, publicou um tuíte racista, comparando os jogadores da seleção de Senegal com vendedores ambulantes em praias turísticas. Apesar do racismo debochado, o lorde não sofreu nenhum tipo de punição.
Ou seja, as evidências apontam claramente que quem tem um problema com o racismo não é a Rússia, que inclusive está recebendo muito bem turistas do mundo inteiro, com elogios até mesmo da imprensa burguesa, mas sim a Inglaterra, que até hoje conserva sua mentalidade imperialista e colonizadora.