Com sanções ao petróleo do Irã, EUA podem ser obrigados a importar mais petróleo da Rússia

A profunda crise em que se encontra o capitalismo tem encurralado os países imperialistas para tomar decisões outrora impensáveis. A própria eleição de Donald Trump reflete a profunda crise no regime político norte-americano.

O crescimento da extrema-direita francesa e a rápida queda de popularidade do governo Macron – que nunca teve popularidade de fato – tem levado o regime político francês a um impasse. Na Coréia do Norte, o desenvolvimento da indústria nuclear forçou o presidente dos Estados Unidos a se encontrar com Kim Jong-un.

Os Estados Unidos decidiram, recentemente, romper com o acordo feito com o Irã no governo Obama e preparou um pacote de sanções ao país asiático. Até mesmo chuteiras foram negadas para a seleção iraniana pela empresa americana Nike. No entanto, as sanções não virão sem consequências: segundo os próprios Estados Unidos, as sanções poderão resultar na retirada de R$ 1 bilhão de dólares do mercado de petróleo.

Para tentar contornar as consequências das sanções ao Irã, os Estados Unidos estão cogitando importar mais petróleo da Rússia. Caso isso aconteça, será também mais uma medida ruim para o imperialismo. Afinal, depender da Rússia é péssimo para o imperialismo americano – é depender de um dos países-chave da reação dos países oprimidos ao imperialismo.

Ou seja, se o Irã puder desenvolver seu programa nuclear livremente, representará uma ameaça ao domínio norte-americano, visto que poderá reagir belicamente a qualquer intervenção americana. Se aplicar sanções ao Irã e importar petróleo da Rússia, os Estados Unidos aumentarão seu nível de dependência de um dos calos do imperialismo.