Bolsonaro defende repressão ao MST e elogia PMs assassinos de sem-terra

Na última sexta feira, dia 13 de julho, em Eldorado dos Carajás, o candidato fascista Jair Bolsonaro defendeu os policiais assassinos, presos pela morte de 21 trabalhadores rurais sem-terra, muitos dos mortos com tiros à queima-roupa, além de mais de 60 feridos que ainda hoje, 32 anos depois, se encontram com sequelas, foram alvejados por policiais militares comandados pelo coronel Mário Pantoja, condenado a 228 anos de prisão.

Mostrando todo o ódio da burguesia contra os trabalhadores, Bp;sonaro anunciou: “Quem tinha que estar preso era o pessoal do MST (Movimento dos Sem Terra), gente canalha e vagabunda. Os policiais reagiram para não morrer”, disse Bolsonaro sendo aplaudido por um grupo de policiais que acompanhava o comício.

Um dia antes no município de Marabá, durante jantar para produtores rurais e policiais, o candidato da extrema direita disse que, se eleito, vai tirar o Estado do “cangote” dos ruralistas, “segurar” as multas ambientais e aumentar a repressão aos trabalhadores sem terra.

Nas atividades políticas dos fascistas no final de semana, o presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antonio Nabhan Garcia, reforçou a política da extrema direita,  “Bolsonaro, aqui o recado da classe produtora é direto: procuramos um presidente que não nos atrapalhe e não nos persiga” e numa clara ameaça aos movimentos de luta dos trabalhadores no campo e instituições inclusive governamentais, disse:  “Quando o senhor se tornar presidente, vê o que fará com essa gente da Funai, do Ibama, do Ministério Público, que não respeita a propriedade privada.”

Com tais declarações fica escancarado o avanço do golpe de Estado, ficando mais claro que latifundiários, grileiros, e grandes indústrias do agro-negócio querem tomar conta das terras brasileiras, atacando as pessoas que nelas trabalham e suas organizações. É preciso acabar com o latifúndio, produtivo. Distribuir as terras para quem nelas trabalham, lutar pelo direito de autodefesa dos trabalhadores do campo, derrotar o golpe de Estado que é apoiado pelo latifúndio.

Para isso é vital que os companheiros da luta pela terra no campo reforcem a mobilização nacional que os comitês contra o golpe de Estado estão organizando nos próximos dias 21 e 22 de julho, na quadra dos bancários em São Paulo, organizando a luta contra os fascistas e o golpe no Brasil.