Moscou tem museu interativo de fliperamas soviéticos

Na época da URSS, os soviéticos desenvolviam seus próprios jogos de fliperama (conhecidos lá fora como “jogos de arcadas”), sem importar nada e proporcionando diversão e alegria para crianças e adultos. As máquinas daqueles tempos saudosos estão hoje reunidas em um museu (na verdade, dois, pois museu original, de Moscou, tem agora uma filial em São Petersburgo) e podem ser revistas e, as que ainda funcionam, estão à disposição dos nostálgicos.

Tudo começou em 1971, com uma exposição internacional de máquinas de fliperama nos parques Gorky e Izmailovo, em Moscou, que recebeu cerca de 20 mil visitantes por dia.

A partir de 1975, as máquinas começaram a se popularizar e os russos criaram jogos próprios. Alguns, baseados em contos de fada, como a Repka (The Turnip – “O Nabo”) e a Konyok Gorbunok (The Little Humpbacked Horse – “O Cavalinho Corcunda). Então, o Ministério da Cultura da URSS autorizou a reprodução de jogos americanos e japoneses. Surgiram, então, mais de 100 tipos de jogos diferentes na União Soviética.

O museu reúne mais de 60 desses jogos raros da época de plena Guerra Fria. O ingresso custa menos de 35 reais e inclui 15 moedas (que servem como as antigas fichas daqui) soviéticas para o visitante jogar nas máquinas do museu. As máquinas têm instruções de como jogar em russo, mas o museu também distribui folhetos com traduções.

O Museu do Arcade, em Moscou, surgiu em 2007, por causa de uma paixão de três amigos por jogos de fliperama. O primeiro jogo que o trio comprou foi um específico sobre batalha naval, chamado Morskoi Boi.  Depois dessa, acharam mais 10 máquinas de fliperama dos tempos da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. E não pararam mais. Virou uma paixão.

Em Moscou, o museu fica no centro da cidade, próximo ao teatro Bolshoi. Em 2013, os sócios abriram outra unidade em São Petersburgo.