Trabalhadores terceirizados no Banco do Brasil são demitidos por discordar com a forma de tratamento dispensados a eles.

Setor do malote do Banco do Brasil, em Brasília, demite mais três trabalhadores terceirizados por motivos fúteis.

Se para os funcionários do Banco do Brasil o tratamento dado pela direção golpista já é um absurdo com demissão em massa, assédio moral, descomissionamentos, arrocho salarial, etc., imagina o tratamento dispensado aos trabalhadores terceirizados que prestam serviços para o banco. Chega ao descalabro dos trabalhadores da limpeza, estivas, dentre outros, proibidos de utilizarem os elevadores sociais dos prédios da administração podendo utilizar somente o de serviço. É uma administração de direita coxinha que detesta pobre, negro e trata as mulheres como uma categoria de segunda classe.

O processo de reestruturação no banco não só vem massacrando os funcionários, mas também os terceirizados, que prestam serviços para o banco. Em nome da “diminuição” dos custos da empresa estão jogando no olho da rua centenas desses pais de famílias, que mesmo com os salários superrebaixados – a remuneração mensal de um operador de logística não passa de mil reais – são obrigados a se submeterem as piores condições de trabalho, sem os mesmos direitos dos trabalhadores bancários, devido à falta de emprego e de perspectivas (no país já são mais de 27 milhões de desempregados ou de subempregados).

Este Diário vem denunciando a política de ataques aos trabalhadores terceirizados no setor do malote, em Brasília. O capataz e lambe botas da direção do banco, que gerencia o setor, não se cansa em massacrar os trabalhadores. Anteriormente já havia demitido uma trabalhadora que é de família humilde, arrimo de família e sustenta a casa e seus sete irmãos, já que seus pais são falecidos, por estar utilizando a internet para fazer um curso e tentar melhorar a sua condição na empresa, além de um outra terceirizada que foi demitida por motivo fútil porque não atendia os “requisitos” que ele exige, ou seja, trata as pessoas como um objeto qualquer, que pode ser descartado a qualquer hora na lata do lixo.

Desta vez os ataques foram desferidos a três funcionários de uma só vez.Com a justificativa, esfarrapada, de insubordinação por terem denunciado a conduta autoritária da supervisora da empresa terceirizada, que também está lotada no setor.

A supervisora, apelidada por todos os trabalhadores nos locais por onde já passou de cobra cascavel, se mancomunada com o gerente carrasco do banco e armaram a demissão dos trabalhadores. O que mais chama atenção é que um dos demitidos é considerado, pela própria direção da empresa e por todos no malote, como um excelente funcionário que nunca faltou ao trabalho, prestativo, etc. e tal. Para piorar, a demissão aconteceu quando o mesmo se encontrava de féria, não teve o seu direito de defesa assegurado, sabendo da sua demissão logo após o seu retorno ao banco. Um outro caso, e aí é clara a discriminação, é portador de deficiência auditiva, que já trabalha na empresa a mais de 10 anos e arrimo de família, foi um dos escolhidos, segundo o carrasco lambe botas, com a “justificativa” que o mesmo tem dois empregos. Um mero jogo de cena! E por um acaso é proibido ter dois empregos!? É funcionário público ou do banco de carreira exclusiva!? Claro que não! Ninguém é louco, como esses idiotas coxinhas de direita, e gosta de ser obrigado a ser escravo assalariado em dois empregos. Os trabalhadores se submeterem a tais condições devido aos baixos salários que essas empresas terceirizadas pagam para enriquecer meia dúzia de empresários, que não trabalham, as custas do trabalho alheio.

Os trabalhadores terceirizados devem através das suas organizações e mobilizações, juntamente com os demais trabalhadores bancários, travar dentro dos bancos uma luta contra os direitistas e lutar pelos seus direitos e contra a ofensiva dos patrões. Com o golpe aprofundou-se os ataques a classe trabalhadora e a toda a população para manter o lucro de um punhado de parasitas capitalistas.