Inscreva-se para a principal atividade de luta: venha para a Conferência Nacional Aberta

Em 2016, a direita brasileira, impulsionada pelos monopólios internacionais, conseguiu derrubar a presidenta Dilma Rousseff, eleita por mais de 50 milhões de brasileiros. Por meio de um processo de impeachment completamente fraudulento e com o apoio do corrompido Judiciário, foi dado mais um golpe de Estado no Brasil. Contudo, por mais que a direita tenha conseguido derrubar o governo do PT, os trabalhadores e setores democráticos não ficaram passivos diante das ofensivas da burguesia: mesmo antes do impeachment, vários foram os atos e manifestações contrários ao golpe.

O ano de 2017, que teve 365 dias de governo Temer, foi também testemunha de vários momentos importantes de revolta da esquerda contra o golpe. Em abril, uma greve geral – considerada por muitos a maior da história do país – parou todo o Brasil e colocou o governo golpista em uma posição bastante defensiva. Em maio, um grande ato em Curitiba, construído por meio de caravanas de todas as regiões brasileiras, forçou o juiz Sérgio Moro a recuar em sua decisão de prender o ex-presidente Lula. No mesmo mês, um ato em Brasília colocou milhares de pessoas em posição de confronto direto com a Polícia Militar e o as Forças Armadas.

Os eventos do primeiro semestre de 2017 foram seguidas de uma grande dispersão, causada sobretudo pela falta de clareza da maioria das organizações de esquerda diante da necessidade de confrontar o golpe de Estado com uma política revolucionária. Nesse período de dispersão, os atos pela anulação do impeachment, em Brasília, e o ato contra a condenação de Lula, em Curitiba, ocuparam um importante papel para reagrupar a luta política contra o golpe, fortalecendo sobretudo os comitês de luta contra o golpe.

O ano de 2018 já começou com uma fortíssima tendência à mobilização dos trabalhadores. O ato em Porto Alegre contra a condenação de Lula, ocorrido no fim de janeiro, foi mais um importante momento de agrupamento dos setores envolvidos na luta contra o golpe, expressando de maneira significativa a evolução dos comitês de luta contra o golpe em todo o Brasil. Em março, os atos em São Bernardo, motivados pelo pedido de prisão do ex-presidente Lula, elevaram a luta contra o golpe para outro patamar. Por meio de uma mobilização revolucionária, os trabalhadores impediram, na marra, a prisão do ex-presidente durante quase 24 horas, mostrando o caminho que deve ser seguido para a vitória contra os golpistas: o enfrentamento das massas contra a burguesia.

Em maio deste ano, o ato de primeiro de maio unificado em Curitiba mostrou o apoio dos trabalhadores ao ex-presidente Lula e o repúdio total ao “plano B”. Além disso, o ato serviu como encontro de mais de 100 comitês de luta contra o golpe, expondo o contínuo crescimento da organização da luta dos trabalhadores. No fim do mês, os caminhoneiros iniciaram uma greve que acabou tomando proporções inimagináveis, colocando o governo golpista em seríssimo risco de queda. A crise gerada pela greve e o apoio popular à luta contra a privatização da Petrobras e contra o golpe colocaram a possibilidade de uma greve geral contra o golpe na ordem do dia.

Agora, após todos os acontecimentos, a única atividade de luta que está colocada claramente para os trabalhadores é a Conferência Nacional Aberta de Luta Contra o Golpe. Se, por um lado, os candidatos abutres da esquerda se negam a convocar os trabalhadores para lutar contra o golpe e estão imersos em suas mesquinhas campanhas eleitorais, por outro, a conferência oferece uma perspectiva de luta real aos trabalhadores.

A Conferência Nacional Aberta de Luta Contra o Golpe será um evento de extrema importância para esclarecer a situação política, reunir os comitês de todo o país e, sobretudo, para determinar, de maneira concreta, quais são os próximos passos que aqueles que querem derrotar os golpistas devem dar para desenvolver a luta política. A presença já confirmada de vários sindicalistas e outros setores da esquerda nacional já apontam que a conferência será um evento marcante na luta contra o golpe: chegou a hora de todos que estão revoltados com o governo golpista se envolverem de maneira real com a luta dos trabalhadores.

Não fique de fora da Conferência Nacional Aberta de Luta Contra o Golpe! Ela acontecerá nos dias 21 e 22 de julho, em São Paulo. Para mais informações, basta entrar no site: lutecontraogolpe.com.