Solto PM suspeito de matar homem em Salvador

O soldado da Polícia Militar Sérgio Ricardo Sobral Guerreiro, preso por suspeita de atirar em dois homens e matar um deles, após uma festa de ano novo no Santo Antônio Além do Carmo, Centro Histórico de Salvador, foi liberado da prisão.

Segundo informações do Comando da PM, ele foi solto na terça-feira, 2, após audiência de custódia realizada pela Justiça. Sérgio Ricardo estava preso no Centro de Custódia Provisória (CCP), destinada a policiais militares no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador.

As vítimas que receberam os tiros disparados pelo PM são primos e apareceram em imagens de câmeras de segurança na imprensa no momento do ocorrido. As imagens mostram os primos correndo em uma rua que fica próxima ao Largo do Santo Antônio, atrás deles o soldado atira e acerta Adriano Santos Santana que cai no chão após ser atingido na perna e depois leva outro disparo. Em seguida, o PM segue atrás da segunda vítima. Apesar de as imagens não mostrarem, o gerente de loja André Luís Santos Silva foi baleado e não resistiu ao ferimento.

Tudo aconteceu na segunda-feira, 1, após a festa de ano novo, onde, a versão da própria polícia, o soldado teria ficado com ciúme da ex-mulher, que estaria com o grupo que os dois primos também estavam.

André foi enterrado na terça-feira, no Cemitério Quinta dos Lázaros e seu primo que sobreviveu está sob cuidados médicos e pode perder a perna.

há evidentemente uma diferença evidente como a justiça burguesa trata casos de crimes parecidos de formas diferentes. Não cabe aqui pedir prisão ou não do PM, mas o que deve ser assinalado é o fato de serem diversos os casos onde policiais, por todo o Brasil, cometerem diversos crimes e, imediatamente ou não, são liberados  das formas mais grotescas  muitas vezes sem haver investigação profunda. O país, em meio a um golpe da direita fascista, a crescente violência contra o povo trabalhador, ameaça de golpe dos militares, então deve-se alertar para as inúmeras chacinas nas periferias, no campo, que nos  evidenciam a diferença de uma justiça burguesa que é racista e esmaga os oprimidos e defende seu braço opressor, uma corporação estatisticamente comprovada como assassina.