Só coxinha acredita que existe livre concorrência hoje, saiba mais na Universidade de Férias

É comum entre os liberais ou conservadores dedicarem inúmeros elogios ao “livre mercado”, seria como uma etapa superior do desenvolvimento da humanidade, o céu na terra. Para estes ideólogos do capitalismo o livre mercado é a resposta para todos os problemas econômicos, políticos e sociais. Para o problema da misérias de bilhões de seres humanos no mundo todo, livre mercado, para o desemprego, livre mercado, para combater as crises econômicas, livre mercado, para garantir a liberdade individual e a democracia, livre mercado e assim sucessivamente. A ideologia do “livre mercado” é uma espécie de religião, na qual o seu advento acabaria com todas contradições das sociedades.

Mas afinal, o que defende a ideologia do livre mercado? Para os apologistas do capitalismo é simples: os indivíduos ou agentes econômicos livres vão ao mercado e trocam mercadorias livremente, mediados por uma mercadoria especial, o dinheiro. É um acordo voluntário, individual ou coletivo, de agentes econômicos em busca de benefícios, essa troca voluntária se auto-regula uma vez que o dois agentes estão em busca de satisfação de suas necessidades.

Mas para que haja troca livre entre dois agentes é necessário que os dois agentes tenham alguma propriedade para trocar, os ideólogos do livre mercado resolvem esse problema da seguinte maneira: todos tem uma propriedade básica e inalienável que é a si próprio e a sua força de trabalho, que pode ser vendida no mercado de maneira livre e voluntária. Para que possa ocorrer a autorregulação é necessário que não haja nenhuma interferência reguladora que possa beneficiar um ou outro dos agentes na troca, ou seja, o Estado não deve interferir na livre troca, que expressa a liberdade dos indivíduos para procurarem o máximo proveito para si e ao procurarem cada um o máximo proveito para si garantem o máximo proveito para toda a sociedade. A ideologia do “livre mercado” é uma filosofia demasiado extravagante pela completa abstração da realidade, mas seu objetivo é muito concreto, defender com unhas e dentes a dominação dos povos pelo imperialismo mundial.

Essa construção teórica é válida, tanto para as trocas mais elementares entre dois indivíduos, entre um patrão e o empregado, que trocam força de trabalho por dinheiro, entre o consumidor e a empresa, que trocam dinheiro por mercadoria ou serviço etc.,  quanto para o sistema econômico internacional.

Logicamente, que essas construção teórica bizarra é totalmente mitológica. Nada do que está nos argumentos dos chamados liberais existe na realidade política e econômica local ou mundial.

Vejamos, a  premissa mais fundamental expressa na própria expressão “livre mercado” já é totalmente falsa, não existe livre mercado na era do imperialismo. A livre concorrência foi uma etapa histórica que ficou no passado, o mundo de hoje é a etapa da dominação do mercado mundial pelo grandes Trusts e corporações imperialistas. O livre mercado é apenas a apologia da tendência da dominação imperialista de todo o mercado mundial, em todos os níveis, cujo o resultado seria a supressão de qualquer tipo de concorrência. Ao sustentar que os Estados não devem interferir na econômica, o que os liberais querem é  que o imperialismo domine  o mais completamente possível os mercados nacionais. A ideologia do livre mercado é um dispositivo que serve, do ponto de vista ideológico, para destravar as amarras que impedem a dominação imperialista de determinados setores dos mercados nacionais, para garantir a lucratividade das empresas, incluso ai também os direitos trabalhistas, vistos pelo liberais como interferência estatal.

Essa teoria contumaz elimina completamente um dado fundamental da realidade: a luta de classes. Que o mundo é dominado por um punhado de Estados imperialistas que controlam  o mercado mundial e impedem o desenvolvimento dos países atrasados, que no interior de todos os Estado nacionais, por meio do controle do aparato do Estado, uma classe domina as outras, que há uma contradição irreconciliável entre os interesses de uma esmagadora maioria de oprimidos e explorados contra os interesses de um ínfima minoria de exploradores e opressores, quer dizer entre o proletariado e a burguesia. que não pode haver igualdade entre agentes econômicos, quando um detêm os meios de produção e o capital e o outro é dependente destes. 

A história política mundial o demonstra, o que seria as duas guerras mundiais se não a disputa entre os Estados imperialistas, arrastando consigo diversos países atrasados, pelo controle do mercado mundial ? A ideologia do livre mercado é na verdade a defesa da dominação e da opressão completa dos povos do mundo pela burguesia de um punhado de países imperialistas, em suma o chamado “livre mercado” para a população significa miséria e opressão generalizadas.  

Quer saber porque a ideologia da  “livre concorrência” é uma ideologia reacionária?  quer compreender porque a defesa do livre mercado pelos liberais é a defesa da dominação imperialista mundia?Quer saber como e quanto a livre concorrência passa a ser seu contrario? Quer saber porque livre cooperação entre Estados e indivíduos só pode existir em uma sociedade socialista ?

Venha para 41ª Universidade de Férias do PCO e acampamento da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR).

Nesta edição que comemora 20 anos de formação teórica marxista, estudaremos a crise histórica do capitalismo: do surgimento do imperialismo ao neoliberalismo. Com a coordenação e apresentação do companheiro Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária, jornalista,  militante e dirigente revolucionário, profundo conhecedor do marxismo e da história política internacional.

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