São Paulo: cortaram merenda, agora estão cortando os uniformes

O corte dos benefícios para as populações mais pobres é geral e intenso. Não escapa ninguém. Exemplo disso são os estudantes das escolas municipais de Guarulhos e Cotia, na Grande São Paulo. Eles estão, desde o início letivo, sem todos os itens do uniforme escolar fornecido pela prefeitura. Tem aluno que sequer recebeu o uniforme, tendo que reutilizar o uniforme de anos anteriores.

A prefeitura de Guarulhos, cujo prefeito é do PSB, sustenta que houve “problemas” na licitação para aquisição do material escolar, tendo o prefeito transferido a culpa para a má administração das secretarias executivas competentes. Outrossim, o prefeito garantiu que os uniformes seriam entregues, até o início do segundo semestre, para até 80% dos alunos.

Ficou claro, portanto, que não se tratou de falta de recursos financeiros, mas sim de uma intenção de não fornecer o material escolar para as crianças mais pobres do município e que dependem dessas políticas públicas para continuarem a estudar. Com o golpe de estado de 2016, a direita  se sentiu mais a vontade para fazer o que sempre fez: atacar a população.