Referendo no Equador resulta em mais um golpe na América Latina

Lenín Moreno, atual presidente do Equador e traidor de seu eleitorado, convocou um referendo para decidir o futuro do país, inclusive o futuro político de Rafael Correa, ex-mandatário. E, com uma ampla campanha da imprensa capitalista, o referendo foi sucedido neste domingo (4) e conseguiu barrar a possibilidade de Correa tentar uma reeleição.

O ex-presidente governou o Equador por cerca de 10 anos, e fez uma série de concessões importantes para os trabalhadores e camponeses do país. E, assim como acontece no Brasil no golpe contra o PT, Correa sofre com a investida imperialista contra ele. Nem bem ganhou a eleição graças ao apoio de Correa, Lenín Moreno passou para o lado do imperialismo e estabeleceu um golpe de Estado dentro do governo. O vice-presidente, do partido de Correa, está preso por escândalos de corrupção envolvendo a Odebrecht (não, não é coincidência) e Lenín procura agora estabelecer um governo oposto ao que foi eleito pela população.  

Além de barrar a reeleição, o referendo ainda propôs uma série de reformas constitucionais que irão reverter diversas conquistas do período progressista anterior, comandado por Correa. Por exemplo, a quebra da Lei de Plusvalia, que atuava contra a especulação imobiliária.

Com o partido governista, Alianza País, dividido entre o setor progressista e os que se venderam aos interesses imperialistas, Correa já se mexe para criar uma alternativa de esquerda nesse cenário.

Moreno, aliado com a oposição direitista, acusa Correa de corrupção. Correa acusa, certeiramente, um golpe imperialista no país. Parece familiar? É o que está acontecendo em toda América Latina. Os setores populares estão sob ataque da burguesia imperialista, especialmente aqueles que ainda representam uma ameaça latente aos golpistas, como são Lula, Kirchner, Correa, Maduro, etc.