Professores são perseguidos por expressar sua opinião

Diversos professores têm se posicionado contra a prisão com Lula, usando camisetas, adesivos e outros objetos para expressar sua opinião.

Foi o caso do professor Lenin Almeida, da Escola Estadual Professora Telina Barbosa da Costa, no bairro Messejana, em Fortaleza, que foi denunciado pelos apoiadores da “escola sem partido”.

Também aconteceu com o professor de química e dentista Otílio César Dalcoquio, de Itajaí, usando uma camisa com a mensagem “Lula Livre” e estilizada com símbolos de elementos da tabela periódica, alvo de acusações nas redes sociais.

O projeto Escola sem Partido é um ataque sem precedentes à liberdade de cátedra do professorado. Tal ataque é mais uma afronta golpista que vivemos no país. No Brasil, a Constituição Federal de 1988 assegura a liberdade de cátedra em seu artigo 206, assim descrito:

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas.”

Esse príncipio aponta no sentido da liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber, tem como finalidade a garantia do pluralismo de idéias e concepções no ensino, assim como a autonomia didático-científica. Permite que os docentes expressem, com relação à matéria ensinada, suas próprias convicções e pontos de vista, sem que haja a imposição de um único critério metodológico ou didático, quando haja vários reconhecidos cientificamente.

Todos os professores têm que ter o direito de expressar a sua opinião e os outros apoiarem ou não. Isso é a base de uma verdadeira democracia. Se eles fossem a favor da prisão, poderiam?

A perseguição ocorre contra as ideias progressistas e revolucionárias dos professores, pois quando são reacionários ninguém fala nada.