Professores do Sesi propõe mobilização conjunta com professores das particulares

Revoltados com a postura da direção sindical do Sinpro – SP, professores da base da categoria, do Sesi-SP, estão discutindo com seus pares uma mobilização que se coadune com a mobilização dos professores das escolas particulares.

Tal revolta e posição, se deve à negativa da direção sindical, que em manobra na assembleia sindical de 28 de fevereiro de 2018, com os professores da Rede Sesi, desistiu da luta por aumento real dos salários. Segundo denúncias de professores a assembleia se encontrou esvaziada em razão de uma péssima convocação, aliada as pressões patronais dentro da rede. Com isso a assembleia discutiu a proposta da direção sindical que era reajuste foi de 2% mais 50% desta inflação, como aumento real, foi negada pela direção do Sesi, dando apenas os 2% relativos à inflação para o reajuste dos salários e dos vales alimentação/refeição. Enquanto professores defenderam a luta por aumento real o presidente do Sindicato manobrou a assembleia e apesar da oposição de alguns professores da base, a posição da diretoria sindical instigou inclusive o medo de que a luta por aumento real poderia fazer a empresa retirar cláusulas sociais, que só serão discutidas no próximo ano, ou seja, uma capitulação da direção sindical em favor dos patrões.

Sendo assim professores de base do Sesi-SP estão propondo um calendário de lutas que se alie a força da mobilização dos professores das escolas particulares que estão em greve contra os ataques da reforma trabalhista colocadas pelos patrões.

O calendário é o seguinte: Terça-feira, dia 20/3 todos os professores vestindo preto dentro das unidades escolares. Objetivando também discutir com os alunos das unidades a situação e a luta da categoria. Na quinta-feira dia 22/3, os professores do Sesi se somarão à manifestação dos professores da rede particular de ensino em ato no Largo da Batata, às 18h. E por fim, no dia 24/3, sábado, presença dos professores do Sesi na mobilização/assembleia no Sinpro-SP, contra os ataques da reforma trabalhista aos professores da Rede particular de ensino. Ataque este que foi iniciado por Paulo Skaf no início de 2017, com a contratação de professores por salários 30% menores que os salários da categoria, o que levou a um aumento escandaloso do número de demissões na rede nos dois últimos semestres, renovando a categoria, com salários 30% menores aos novos integrantes da rede.

Em contrapartida a direção sindical após 12 meses não organizou nenhuma luta contundente contra este brutal ataque da Fiesp.