Por cima da ONU, da Constituição e do povo, TSE decide cassar Lula, seguindo voto dos EUA. Sair às ruas

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formado por ministros que acabam de receber do governo Temer um novo reajuste nos seus vencimentos de mais de 16%, que aprovaram na véspera (dia 30) a absurda terceirização total de todas as atividades profissionais (nas fábricas, nas escolas nos hospitais etc.) e que, há uma semana, teve dois dos seus integrantes condecorados pelo Exército por negarem os direitos de Lula, aplicou um golpe em todo o povo brasileiro e decidiu – sem dar sequer tempo para uma devida apreciação dos próprios recursos da defesa do ex-presidente – incluiu, de surpresa, na pauta da sessão, o julgamento da cassação da candidatura da maior liderança popular do País, que lidera com ampla margem de intenção de votos (60 milhões!!!) as pesquisas encomendas, realizadas e divulgadas pelos monopólios capitalistas.

Na votação, o ministro Edson Fachin – o mesmo que relatou e negou o habeas corpus que permitiu a prisão de Lula – leu o voto dos EUA contra a decisão do Conselho dos Direitos Humanos da ONU que determinou que o Brasil garanta os direitos políticos de Lula e, mesmo declarando-se a favor da inelegibilidade de Lula, defendeu que, provisoriamente, se garantisse a sua candidatura, pela vinculação do País (por decisão do seu Congresso Nacional) às decisões daquele Conselho da ONU.

Fachin não defendeu o cumprimento da Constituição Nacional, que garante os direitos políticos de quem não tenha condenação com trânsito julgado (sem recursos); não defendeu o respeito à soberania popular (que o povo decida!), mas com seu voto deixou evidente que o que se estava votando era se o TSE acatava ou não a decisão dos EUA, o verdadeiro dono do golpe de Estado, de cassar Lula, de aprofundar o golpe, para destruir a economia nacional e impor um regime de escravidão contra os trabalhadores.

Os ministros do TSE decidiram acompanhar o voto dos EUA, pisotear a Constituição e estabelecer a realização de eleições fraudulentas e totalmente controladas pelos golpistas.

Diante dessa decisão, está ainda mais claro que as eleições, organizadas pelo regime golpista não são mais do que uma fraude montada para legitimar um “novo” governo golpista que leve adiante os planos do imperialismo contra o povo brasileiro.

Acreditar que se pode derrotar toda essa armação, aceitando a imposição, anunciada e indicada várias vezes pelos ministros golpistas, de substituir Lula como candidato, é aceitar a decisão e a fraude imposta.

É preciso usar todos os recursos para defender os direitos democráticos de Lula e de todo o povo brasileiro. E, certamente as ações na Justiça e a busca de um acordo, não são o caminho. Elas não conseguiram barrar o golpe do impeachment. Não conseguiram impedir a prisão de Lula. Não conseguiram impedir sua cassação, em aberta violação da Lei.

O caminho para derrotar este golpe, foi mostrado no dia da prisão de Lula, pelos que clamavam “não à prisão”, “não se entrega”, como também, no último dia 15, quando dezenas de milhares de pessoas cercaram o TSE para exigir o registro da candidatura de Lula. O caminho está sendo apontado por milhares de ativistas dos Comitês, daqueles que se mobilizam nos “lulaços”etc.

O caminho é o da mobilização nas ruas. É levantar os milhões que querem derrotar o golpe, votando em Lula presidente.

Nada de aceitar a decisão dos golpistas, a vontade dos EUA e dos seus servos, inimigos do povo brasileiro.

Sair às ruas de todo o País, contra a violação da Constituição, pela liberdade de Lula, por Lula presidente!

Eleição sem Lula, é fraude!