Pesquisa aponta: policiais admitem que abordam mais negros, mas não reconhecem racismo

Da redação – Pesquisa realizada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) concluiu que 60% dos policiais admitem que abordam mais negros, sem reconhecer, entretanto, que se trata de racismo.

Intitulada “Quando a polícia chega para nos matar, nós estamos praticamente mortos: discursos sobre genocídio da população negra no cenário de Recife-PE”, a pesquisa levanta a relação que há entre a repressão ao povo negro com o racismo.

Um dos objetivos do estudo é denunciar o genocídio contra os negros no país evidenciando os dados relativos à repressão militar no Brasil. De acordo com a Secretaria Nacional da Juventude (SNJ), os dados apontam que morrem 2,6 vezes mais negros do que brancos vítimas de armas de fogo no país e que Pernambuco é o estado onde a vulnerabilidade negra juvenil é maior.

A opressão contra os negros tem suas raízes na base das relações capitalistas, de maneira que ela é intensificada com o golpe de Estado. É fundamental a organização dos negros contra a existência do aparelho repressivo como a Polícia Militar e a luta contra todos os golpistas, que tomaram o poder de assalto e que impõem uma série de ataques ao povo negro do Brasil.