Os indígenas Maraguá que vivem na comunidade Terra Preta, município de Nova Olinda do Norte, estado do Amazonas, estão sofrendo com as constantes ameaças de pistoleiros contratados por latifundiários e mineradoras que estão invadindo as terras indígenas. O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) está denunciando que no dia 16 de agosto, pistoleiros foram até a casa do cacique-geral do povo indígena Maraguá e encontraram os filhos mais novos do cacique e deixaram a ameaça de “ou ele para de fazer o que está fazendo ou vai ver o que é bom”.
As ameaças de morte deixam claro que estão dispostos, inclusive, de atacar seus familiares para impedir a defesa dos indígenas contra as invasões dos latifundiários e mineradoras. A situação é extremamente grave, pois há uma enorme campanha dos latifundiários contra os indígenas, que estão se aproveitando da ação de grupos fascistas, como o que ocorreu na fronteira com a Venezuela no município de Pacaraima (RR), para atacar os indígenas Maraguá.
A imprensa ligada aos latifundiários está tentando colocar a população contra os indígenas, enquanto latifundiários e mineradoras invadem as terras indígenas e cometem as maiores atrocidades contra a população Maraguá.
Os indígenas estão recebendo dezenas de ameaças de morte e são impedidos de se movimentar em suas terras, caçar e pescar para sobreviver, pois estão sendo ameaçados por esses grupos fascistas e de pistoleiros contratados pelos latifundiários.
A direita golpista está se aproveitando do agravamento da crise política para estimular grupos fascistas e a imprensa golpista para atacar estrangeiros, indígenas sem-terra e a esquerda em geral para agrupar essa direita e reprimir a população.
Com isso, fica cada vez mais clara a necessidade de formação de comitês de autodefesa contra a formação de grupos fascistas, grupos de pistoleiros e da ofensiva de latifundiários contra os movimentos de luta pela terra.