Porque os bancários devem rejeitar a proposta miserável dos banqueiros golpistas

Estão marcadas para hoje assembleias dos bancários em todo o País  para avaliar e decidir sobre a proposta dos banqueiros que reajusta os salários em míseros 1,18% nos próximos dois anos.

Os banqueiros são mestres em arquitetar golpes em toda a parte do mundo. No Brasil, foram um dos grandes financiadores do golpe que derrubou um governo legitimamente eleito com mais de 54,5 milhões de votos através da farsa do impeachment comprado da presidenta Dilma Rousseff, para que fosse implantado no País uma política de terra arrasada contra os trabalhadores e de toda a população em geral para favorecimento de meia dúzia de banqueiros e capitalistas, em um momento da gigantesca crise capitalista.

E é neste contexto que os banqueiros planejam mais um golpe, desta vez em toda a categoria bancária que se encontra em campanha salarial. A proposta de reajuste miserável de 5% (3,78% de inflação + 1,18% de “aumento real”) é ridícula em comparação aos lucros aferido pelos banqueiros no ano passado que alcançou a cifra de R$ 63,12 bilhões e de R$ 32 bilhões somente nos seis primeiros meses de 2018, enquanto o salário de ingresso de um bancário é um pouco mais que R$ 1.900.

A categoria bancária vem sofrendo ao longo dos anos um ataque brutal às suas condições de vida, e, especialmente após o golpe de Estado, que já resultou em dezenas de milhares de demissões, descomissionamentos, arrocho salarial, sobrecarga de trabalho por falta de pessoal, aumento do assédio moral.

A proposta dos banqueiros apresentada na mesa de negociação junto ao Comando Nacional dos Bancários além de não apresentar nada de novo, passando por cima das pautas de reivindicações aprovada no Congresso dos Bancários, tais como aumento real de 5%, garantia no emprego, defesa das estatais (que passam por um profundo processo de sucateamento e ataques sistemáticos com vista a privatização), melhores condições de trabalho, sobre a questão da saúde do bancário, etc.. Pior ainda, busca atar as mãos dos bancários nos próximos dois anos, com o acordo bianual, abrindo a possibilidade de aumentar os ataques que já vem sendo desferido aos trabalhadores.

É necessário ter claro que a jogada dos banqueiros, mantendo as cláusulas do atual acordo por dois anos, não impede que eles e o governo golpista – que eles buscam referendar em eleições fraudulentas, sem a participação de Lula – governos intensifiquem os ataques à categoria. Um exemplo disso foi o acordo bianual 2016/2018, que também não trouxe nenhum avanço para os bancários no período. Pelo contrário, nesses dois anos, houve um intenso aprofundamento dos ataques aos direitos e conquistas dos bancários.

Há claramente uma interpretação equivocada da situação política que leva a categoria bancária, umas das mais combativas do País, assim como todos dos trabalhadores, a um posição defensiva diante situação. Uma avaliação de que não é possível lutar e arrancar mais dos banqueiros. Isso quando a burguesia se v6e pressionada pela situação, pela crise provocada pela evolução da situação à esquerda, com a enorme revolta rejeição popular contra o golpe e o gigantesco apoio à candidatura de Lula, que ganha as eleições no primeiro turno, se não for cassado.

Nessas condições, é preciso ampliar a denuncia dos lucros bilionários dos banqueiros e da situação de penúria da categoria bancária, rejeitar a proposta miserável e organizar uma ampla mobilização pelo atendimento das reivindicações mais sentida da categoria como a estabilidade no emprego, a reposição integral das perdas salariais, 5% de aumento real, dim das terceirizações, não às privatizações da CEF e BB e de todos o bancos regionais.

Essa luta deve se unificar com a luta contra o golpe, pela liberdade de Lula e por Lula presidente.