Ofensiva imperialista em todo o continente: Justiça do Equador ordena prisão de Rafael Correa

Quando a direita começou a dar os primeiros passos para derrubar a presidenta Dilma Rousseff, muitos setores da esquerda nacional disseram que não haveria golpe, pois se tratava apenas de uma tentativa de “terceiro turno” promovida por Aécio Neves. Quando Eduardo Cunha aceitou o pedido de impeachment, os mesmos setores disseram que era apenas uma “vingança” do deputado emedebista. No entanto, nenhum desses movimentos foi provocado por indivíduos – desde o início, eram parte de uma ofensiva imperialista em todo o mundo.

Ontem, o Equador deu mais uma demonstração de que sofrer golpes não é uma “exclusividade” do Brasil. Rafael Correa, que é um ex-presidente e uma espécie de líder popular – assim como Lula -, acaba de ter prisão solicitada pela Justiça equatoriana. O ex-presidente está morando na Bélgica e deverá ser procurado pela Interpol para ser extraditado.

Qualquer semelhança com o ex-presidente Lula não é, obviamente, nenhuma coincidência. Correa está sendo perseguido pelo mesmo motivo que o maior líder popular do Brasil: por não se curvar aos interesses do imperialismo. Correa governou o Equador durante 10 anos e conseguiu eleger um sucessor, mas acabou sendo traído por este, que entregou a cabeça do ex-presidente ao imperialismo.

A ofensiva do imperialismo vem ocorrendo em toda a América Latina – e, em geral, em todos os países atrasados. No que depender da direita, todo o ônus da agonia terminal do capitalismo deve ser jogada nas costas dos mais explorados. Por isso, é necessário que os trabalhadores dos países atrasados se levantem contra a intervenção no imperialismo – é necessário mobilizar os trabalhadores no Brasil, na Venezuela, no Equador e todos os outros países para uma luta decisiva contra os parasitas do mundo.