O golpe de Estado aprofundou o racismo

Na semana passada, Yasmim Stevam foi ao programa “Encontro” sob a apresentação de Fátima Bernardes para relatar a humilhante experiência de ter perdido uma vaga de emprego por causa de seu cabelo e pelo fato de ser negra também.

Yasmim Stevam foi convidada a participar do programa porque relatou a experiência em seu perfil no Facebook e logo, recebeu todos os tipos de xingamentos, chacotas e ofensas de outras pessoas. Uma pessoa negra perder uma vaga de emprego infelizmente não é uma novidade. Redes sociais onde uma corja de racistas ficam mais à vontade de falar o que pensam sobre os negros.

Com o advento do golpe de Estado travestido de um processo de impeachment farsesco, fraudulento e criminoso que após ter derrubado Dilma Rousseff, e que agora caminha para uma intervenção militar, para liquidar com a economia nacional e jogar toda a população em um estado de miséria jamais visto na história do país, as minorias historicamente perseguidas, segregadas e excluídas da sociedade irão sofrer mais do que nunca. Os negros irão perder empregos, serão presos, sem direito a defesa, a um julgamento justo, e condenados a morte nas periferias em todo o país.

As ofensas que a jovem sofreu, a vaga de emprego que ela perdeu é só a ponta do iceberg da violência do racismo. A população negra não tem direitos a moradias decentes, a uma educação de qualidade, a um sistema de saúde de qualidade, a empregos de qualidade, não tem direitos de nem sequer a lutar por uma vida decente, e atualmente, não tem nem sequer o direito a uma identidade. Apenas uma ampla mobilização contra o golpe e a sua política genocida e de terra arrasada é que os golpistas irão recuar e serão derrotados.

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