O golpe de estado de 2016, que tinha por objetivo impor a política neoliberal, vem destruindo o país de várias formas. O efeito mais recente desta política foi o incêndio do Museu Nacional ocorrido na noite de domingo (02) no Rio de Janeiro. É mais uma demonstração de que a derrubada de Dilma Rousseff deu lugar a uma política de terra arrasada.
Com o potencial destrutivo de uma guerra, a politica imperialista reduziu a cinzas os 200 anos de história do Museu Nacional. Quase todo o acervo de mais de 20 milhões de itens perdeu-se nas chamas. Um dos fatores que contribuiu para a voracidade do desastre foi a ausência de hidrantes; Uma evidência clara do crime que lá se perpetrou.
Em editoriais, os principais veículos da imprensa golpista fazem malabarismos para impor a culpa aos governos do PT e à crise econômica. O Globo, principal veículo de propaganda das políticas do imperialismo norte-americano, indicou que a situação melhoraria com o aprofundamento da destruição dos direitos do povo, reafirmando a necessidade do fim da Seguridade Social, através da reforma da previdência.
O corte de orçamentos imposto pela Emenda Constitucional do congelamento de gastos reduziu em quase 90% as verbas do Museu Nacional. A cultura e a memória brasileira foram profundamente atacadas neste episódio. É seguro afirmar que este incêndio será lembrado no futuro como um símbolo da decadência absoluta desta convulsão fatal do capitalismo. O museu mais importante da América Latina foi transformado em ruína, levando consigo itens da história nacional e mundial.
Enfim, quando Temer divulgou a “ponte para o futuro”, voluntariando-se a servir de ponta de lança dos golpistas, omitiu o fato de que parte do plano era queimar a história nacional. Enquanto o golpe estiver vigente, resta a nós lutar com todas as forças para derrubá-lo, ou aguardar que desgraças como essa continuem se repetindo.