Bancários do Banco da Amazônia rejeitam proposta miserável e aprovam greve por tempo indeterminado

Trabalhadores do Banco da Amazônia (Basa), em assembleia realizada no último dia 31 de agosto, rejeitaram a proposta do governo golpista de Michel Temer, que detêm a maioria das ações do banco, e decidiram greve por tempo indeterminado a partir do próximo dia 5 de setembro.

Conforme este Diáriovem noticiando, a categoria bancária não está nada satisfeita com a sua atual situação em relação aos ataques desferidos pelos banqueiros aos trabalhadores bancários na campanha salarial da categoria. Uma das provas disso foi a rejeição da proposta dos banqueiros pelos bancários de Brasília na primeira assembleia; tal manifestação também se expressou na maioria das assembleias, principalmente nas grandes capitais, em que havia, por parte expressiva dos bancários, o sentimento em rejeitar o acordo.

Devido a uma interpretação equivocada da situação política por parte das direções sindicais de ter uma posição defensiva diante da situação, no momento que há uma gigantesca crise da própria burguesia no atual cenário político, acabou por confundir os trabalhadores que acabaram em aceitar o acordo miserável dos banqueiros na maioria dos Estados.

Outra manifestação de que a proposta dos banqueiros é mais um golpe contra a categoria, através de um índice de reajuste miserável de 5% (3,78% de inflação + 1,18% de “aumento real”), foi a rejeição dos bancários do Banco da Amazônia do mesmo acordo oferecido pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), e aprovaram, em assembleia, greve por tempo indeterminado a partir do próximo dia 5 de setembro.

Os bancários do Banco da Amazônia além de terem bem claro que as propostas dos banqueiros para os próximos dois anos é insatisfatória na atual situação de baixos salários, descomissionamentos, ataque ao plano de saúde, etc., repudiam os sistemáticos ataques do governo golpista às estatais com o objetivo de privatização, nos moldes do que vem acontecendo com o Banco do Brasil, Caixa Econômica, Banco do Nordeste e os bancos regionais e no próprio banco da Amazônia.

A resposta dada pelos trabalhadores do Basa aos banqueiros e seus governos deve ser amplamente apoiada por toda a categoria, e juntamente com os demais trabalhadores das diversas categorias e organizar uma ampla mobilização para derrotar o golpe e todas as suas medidas que visa a liquidação dos direitos da classe trabalhadora.