Ministro do Supremo quer manter mamata do auxílio-moradia para juízes

O auxílio-moradia para juízes, no valor de R$4,3 mil, mesmo para aqueles que têm casa própria na cidade onde exerce o trabalho, é alvo de ações que tramitam no Supremo há mais de quatro anos e vem sendo empurrado com a barriga pelos “guardiões da lei”.

O ministro Luiz Fux, relator dessas ações no STF, as liberou para votação no plenário. O julgamento foi marcado para março. Na véspera, Fux retirou o assunto da pauta e empurrou a discussão para a Câmara de Conciliação da Advocacia-Geral da União (AGU).

Depois de três meses de lenga-lenga, sem chegar a nada, o caso voltou para o Supremo em 20 de junho. Aí, Fux avaliou discutir o assunto internamente, em sessão administrativa, a possibilidade do STF incorporar o valor da absurda mamata do auxílio-moradia aos salários dos magistrados, aquelas criaturas altivas e incorruptíveis. Só que, até agora, está tudo igual, durante o recesso do judiciário.

Até o início de agosto, quando acabam as (segundas) férias (do ano) de suas excelências, o prejuízo para o País com o penduricalho vai atingir quase R$ 1 bilhão (R$ 973,5 milhões).

Prevalecendo a maracutaia do plano de incorporação da falta de escrúpulos ao salário dos juízes, isso seria incluído numa proposta de reajuste do Judiciário que será enviada para votação no Congresso no mês que vem. Cabe à presidência do Supremo encaminhar esse projeto de lei. Em setembro, Carmen Lúcia será substituída por Dias Toffoli no cargo. Toffoli ainda não deu indicações se é favorável ou não à inclusão do roubo ao contribuinte brasileiro na proposta orçamentária de 2019.