Gilmar Mendes denuncia: Lava Jato é abuso de poder

Em seminário na Universidade de Londres, Gilmar Mendes, ministro do STF (Supremo Tribunal Superior), mais uma vez denunciou o caráter farsesco da operação Lava Jato. Anteriormente, o ministro já havia criticado as medidas tomadas pelo juiz Sérgio Moro, bem como as prisões preventivas e condenações em segunda instância, que segundo afirmou culminaram em uma “canonização” da operação Lava Jato, sabendo que qualquer oposição a mesma seria um ato antipatriota.

Isso demonstra, que já há muito a própria burguesia tem questionado o caráter abusivo da operação, que muito claramente já se mostrou como um veículo de perseguição a esquerda e suas organizações. O ataque da burguesia contra a esquerda, no avanço das medidas arbitrárias, que foram e são ovacionadas pela imprensa golpista em prol da campanha contra a corrupção, também por outro lado fez com que uma ala da própria burguesia visse que para que serve a operação farsesca.

Além disso, Gilmar Mendes, também criticou a condução de outras operações conduzidas pela Policia Federal e pelo Ministério Público Federal, em relação as revogações que executou decidas pela primeira instância. Em mais uma entrevista, o ministro reafirma sobre a questão das prisões provisórias que propriamente se tornam prisões definitivas, mais um meio arbitrário usado pelos golpistas para manterem prisões sem condenação.

Muito diretamente as críticas são tecidas as decisões vindas de juízes de primeira instância -Sérgio Moro- que já passou por cima do próprio Supremo Tribunal Federal. A crise da burguesia fica clara nesse momento, sabendo que uma parcela questiona os caminhos da operação Lava Jato, demonstrando que não há consonância até mesmo dentro da burguesia quando se trata dos abusos de poder do juiz fascista.