Merkel e PSD fecham grande coalizão

A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, do CDU (União Democrata-Cristã) e o principal partido de oposição, o SPD (Partido Social-Democrata), fecharam um acordo na manhã do dia 15 para tentar por fim à crise política em vigor no país em um governo de 110 dias.

O pacto foi alcançado depois de mais de 24 horas de negociação e constitui o esqueleto do programa do futuro Governo alemão que coloca o fortalecimento da Europa em seu centro e estabelece-o como prioridade do “novo tempo político”.

Após o acordo, uma nota oficial foi emitida, na qual os dois partidos se comprometem a reforçar a Zona do Euro, em cooperação com a França, a criar um tipo de fundo monetário europeu sob o controle do parlamento para mudar o mecanismo de resgate e declararam-se dispostos a incrementar a contribuição para o orçamento da Europa.

Segundo o documento: “Estamos preparados para realizar novas contribuições da Alemanha ao orçamento europeu”. Esta é a primeira resposta efetiva, detalha o presidente francês, Emmanuel Macron, disposto a “refundar a Europa” ao lado da chanceler alemã.

O acordo atende a características semelhantes à grande coalizão, que governou a Alemanha nos últimos 12 anos e foi favorecida pela conjuntura do atual governo de Merkel, eleito em setembro de 2017.

Apesar da vitória, Merkel não conseguiu maioria suficiente para formar o governo. Nas ultimas semanas buscou formar o Executivo com os liberal-democratas e os Verdes — a chamada coalizão Jamaica —, tentativa que não chegou a bom porto.

Diante da situação a chanceler não viu outra saída senão a de buscar uma nova grande coalizão com os socialdemocratas, pois se não o fizesse, existia a possibilidade da convocação de novas eleições.