MBL quer processar PCO: Resistir às provocações fascistas por todos os meios necessários

O vereador golpista do MBL (Movimento Brasil Livre) de São Paulo, Fernando Holiday, declarou que irá entrar com um processo contra o Partido da Causa Operária, PCO, por “racismo”. A acusação é um ultraje, é acintoso, principalmente quando se leva em conta quem são Holiday e o MBL, e o que disse o PCO.

Holiday e esta organização golpista estão na linha de frente da campanha contra os direitos dos negros. O vereador já propôs acabar com o dia da Consciência Negra – dia de luta do povo negro -, já negou a existência do racismo e chegou a taxar os defensores dos direitos dos negros de “vitimistas”.

Hoje, o vereador defende uma lei para perseguir um dos setores mais esmagados e miseráveis da cidade de São Paulo, os chamados flanelinhas, que são, em sua maioria, negros. Holiday quer impor multas polpudas contra eles.

O MBL é um fiel apoiador de João Doria, o homem que queria dar ração para as crianças comerem.

É um grupo que, em questão de Estado, patrocina e incentiva a política de terrorismo dos governos contra os pobres, a perseguição aos camelôs, aos flanelinhas. Além disso, apoia a política terrorista do prefeito João Doria, como no caso do ataque à Cracolândia, onde os usuários foram mantidos em contêineres. Foi cogitada a internação forçada contra os usuários, e o prefeito declarou guerra aos moradores de rua, que estão novamente sendo submetidos a jatos d’água enquanto dormem – uma política tipicamente fascista.

Tudo isso, Doria e o MBL fazem institucionalmente, nas ruas no entanto, o grupo se assemelha cada vez mais a uma gangue fascista. Durante a crise das ocupações de escola no Paraná, o MBL foi violentamente tentar realizar a desocupação, sem sucesso.

Já tentaram atacar militantes do PCO em mais de uma ocasião em atos políticos, trazendo capangas da direita.

Agora, Holiday quer processar o PCO por racismo. É importante notar a dissimulação. Quando lhes convém, recrutam skinheads para enfrentar os estudantes, os agridem, sem se preocupar com represálias da lei ou da polícia. Ao serem postos no seu devido lugar, fogem para as saias da Justiça golpista. Pedem “que seja cumprida a lei”. Antes, eles acusavam a esquerda de serem falsas vítimas; agora, os opressores querem se passar por vítimas.

Holiday é negro, mas defende a política dos golpistas – uma política da burguesia racista que governa o País, uma política que busca esmagar o pobre de todas as maneiras, por medo de que ele se levante.

É preciso resistir por todos os meios necessários, é preciso não colocar nenhuma esperança no Poder Judiciário, este está vendido aos golpistas, é preciso por toda a esperança na mobilização revolucionária do povo, nas suas organizações. É preciso se defender destes bandos fascistas quando eles se apresentarem e mostrar a eles que as organizações do povo não aceitarão tentativas de intimidação.