Lula: “Eu nem sairia de Curitiba”

Da redação – Neste último dia 8, a polêmica referente a liberdade de Lula levantou diversas opiniões. Entre aqueles mais sensatos, compreendiam que a soltura de Lula não aconteceria pela via institucional, ainda que Rogério Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (em Porto Alegre), tivesse lançado uma liminar solicitando imediata soltura do ex-presidente.

A explicação é clara: o golpe aplicado pela burguesia, que segue em curso no país, contou com total apoio do judiciário. Essa corja foi, e é, atuante no processo de criminalização dos partidos e lideranças de esquerda, como Lula. Tal posicionamento golpista já era visto antes ainda da lava-jato, no mensalão, com a prisão política de José Dirceu.

Nesta segunda, 09, Lula recebeu a visita de seus advogados. Afirmou a um deles, também ex-ministro da justiça, Eugênio Aragão que “Eu nem sairia de Curitiba, ficaria esperando o que decidiriam a meu respeito, porque sabia que isso não iria longe”. O ex-presidente, diferente de muitos integrantes de seu próprio partido (PT), percebeu que a luta contra o golpe se dá através da mobilização popular pela sua soltura e não na confiança em medidas institucionais.