População do Haiti sai às ruas para protestar contra o aumento dos combustíveis

Da redação – À semelhança do que ocorre aqui no Brasil, o Haiti vem sofrendo duramente com as investidas neoliberais do Fundo Monetário Internacional (FMI) no país. Na última sexta-feira, dia 6, o governo haitiano anunciou um aumento entre 38% e 51% no preço da gasolina, do diesel e da querosene, e, logo em seguida, a população resolveu sair às ruas para protestar, primeiro na capital Porto Príncipe e região metropolitana, depois no restante do país.

As medidas adotadas resultam do acordo firmado entre o Presidente direitista Joevenel Moïse com o FMI, em fevereiro deste ano, destinado a reduzir os subsídios do governo sobre os combustíveis e a privatizar completamente a estatal de energia do país, a EDH. Isto vem ocasionando o aumento generalizado do preço dos transporte e dos alimentos.

Assim como ocorreu em outros países, como México e Jordânia, a classe trabalhadora haitiana resolveu se rebelar e se mobilizar nas ruas, paralisando toda produção e economia do país.

São centenas de barricadas formadas e pneus queimados em diversos pontos do país, ao mesmo tempo em que os manifestantes enfrentam corpo a corpo as forças de segurança convocadas para reprimi-los. Eles exigem a readmissão dos trabalhadores demitidos das empresas estatais, o julgamento dos agentes acusados de apropriação ilícita de recursos da Petrocaribe, a renúncia do presidente, assim como prometem convocar uma greve geral em breve. Até domingo, dia 8, haviam sido confirmadas três mortes e dezenas de feridos.