Intervenção no Rio: Temer e os golpistas enviam R$ 1,2 bi para repressão do povo

Da redação – O presidente golpista Michel Temer sancionou ontem, dia 2, a lei que libera R$ 1,2 bilhões para a Intervenção Militar no Rio de Janeiro. A deliberação golpista foi aprovada nas instâncias que cabem defender os interesses do usurpador e dos donos do golpe, e, segundo a assessoria do Palácio do Planalto, a lei será publicada no “Diário Oficial da União” desta sexta-feira, dia 3.

Mais precisamente, foi no mês passado que a Medida Provisória foi aprovada pelos golpistas do Congresso Nacional e o texto seguiu para Temer assinar. Vale ressaltar que os militares estão por trás de todo o golpe, com comandantes nos ministérios, articulando reuniões entre Temer e generais e etc.

A intervenção foi decretada em fevereiro, pois a situação do governo era de grande crise, porém, menos ruim do que está hoje que conseguiu ser ainda mais impopular. Após a greve dos condutores e frente ao aumento das manifestações populares nas ruas contra o golpe e pela liberdade de Lula os golpistas correm para aumentar o aparato repressivo, e, como o trabalho sistemático deste diário vem demonstrando, os interventores não estão lá para acabar com violência nenhuma.

Essa ação deve ser entendida como mais uma etapa das diversas atividades do Exército golpista pelo país, com a finalidade de treinar para o controle da sociedade civil caso ela exploda, como resultado direto da atual crise do regime de conjunto.

O general Braga Netto, “bajulado” pela imprensa burguesa desde o início da operação assassina, consegue agora uma quantia massiva para colocar todo aparato repressivo contra o povo, e se, antes da medida provisória os militares já reviraram bolsas de crianças, mataram jovens estudantes, agora a situação tende a piorar e muito.

É preciso uma grande campanha de denúncia, porém, não só. É preciso organizar os trabalhadores para lotar Brasília no próximo dia 15 de agosto, para mostrar, principalmente, aos militares, que os trabalhadores não aceitaram novamente uma ditadura no país.