Há quatro anos, campanha contra a Copa era usada pelos golpistas contra o PT para derrubar Dilma

Há 28 dias da Copa do mundo de futebol na Rússia, com a convocação dos 23 selecionados do time brasileiro que representará o Brasil na competição, temos aqui o momento nostalgia.

Há exatamente quatro anos atrás (2014), há 30 dias do início da Copa do Mundo no Brasil, um movimento gerido no útero do golpismo, saiu às ruas com a palavra de ordem de “não vai ter Copa”.

O movimento do “não vai ter Copa” que tinha como combustível a luta “santa” contra a corrupção, reivindicava que a Copa no Brasil fosse cancelada para que o país não gastasse o dinheiro do povo com estádios e outros gastos da Copa, mas usasse esse dinheiro com investimentos com saúde, moradia, educação etc.

A famosa fórmula do golpismo impulsionado pelo imperialismo de acusar o governo de plantão de corrupto, para roubar em seguida o país, com um governo muito mais corrupto do que qualquer governo já instalado no país.

Era exatamente o caráter dessa campanha, o de “não vai ter Copa”, pois a direita brasileira e o imperialismo, principalmente o EUA (Estados Unidos da América) atuou durante a Copa do Mundo no Brasil para que o Brasil não ganhasse a Copa, com medo do aumento da popularidade do governo do PT, que trouxe a Copa do mundo para o país.

O cálculo era simples, se o Brasil ganhasse a Copa do Mundo no país, na véspera das eleições presidenciais de 2016, dificilmente os golpistas conseguiriam emplacar seu candidato, o corrupto Aécio Neves do PSDB.

A campanha golpista do “não vai ter Copa” foi acompanhada pela esquerda pequeno burguesa, que saiu às ruas com faixas escritas em português e em inglês, mostrando que o movimento era internacional, e tendo ampla cobertura pela imprensa golpista, como Folha de S. Paulo, Revista Veja, Rede Globo etc.

Quando começou os jogos da Copa, a campanha do “não vai ter Copa”, passou para o movimento de “não vai ter hexa”, feita pela direita nacional, os golpistas e a esquerda pequeno burguesa, que comemorou os 7 x 1 da Alemanha contra o Brasil, no momento em que o povo brasileiro chorava o desastre daquele jogo.

No dia desse jogo desastroso, os Estados Unidos, que nem gosta de futebol, comemorou a vitória da seleção Alemã, iluminando o prédio do Empire States, no centro de Nova York, com as cores da bandeira da Alemanha, preto, vermelha e amarela.

Após a Copa do Mundo, as eleições de 2016 foram super acirradas, e o PT só ganhou as eleições porque o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entrou de cabeça na campanha, no entanto, a presidenta Dilma Rousseff eleita com 54,5 milhões de votos foi derrubada do governo por um golpe, o impeachment fraudulento.

Os mesmos que fizeram a campanha do “não vai ter Copa”, “não vai ter hexa” assumiram o governo golpista e ao invés de investirem em saúde, educação, moradia, tomaram como primeira medida de governo golpista o congelamento por 20 anos das verbas nessas áreas sociais.

Aos “coxinhas” de direita e de esquerda que fizeram a campanha, restaram apenas a responsabilidade de não só ir contra a cultura brasileira, torcendo contra o futebol brasileiro, mas serem cúmplice da destruição do país que está sendo provocada pelo golpe de 2016.