Golpistas preparam luz mais cara e apagões: Eletrobras terá mais três leilões

Da redação – Nessa quinta-feira (30), será realizado o leilão da Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron) e Boa Vista Energia, de Roraima, após revogação da liminar que impedia o avanço da entrega dessas empresas nacionais. Nesse mesmo dia, ocorre o  Dia Nacional de Luta Contra a Privatização, com com participação de trabalhadores de todas as empresas do Sistema Eletrobras, como Chesf, Eletronorte e Furnas. O leilão do restante das companhias da Eletrobras será realizado após aprovação do projeto de lei que facilita a demissão de funcionários, contratação de terceirizados e regras menos rigorosas para arremate no leilão.

A entrega da empresa nacional de energia com maior parque consumidor da América Latina deve significar forte aumento tarifário ao consumidor, além de destruir 7.500 empregos, segundo dados da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), que congrega sindicatos do setor.

“São 2 milhões de habitantes somente na capital. É o maior parque eletroeletrônico da América do Sul, então, obviamente que é um mercado lucrativo, interessante. (…) O problema é que, dentro dessa lógica do lucro, quem vai se preocupar em abastecer municípios como Tapauá, por exemplo? Porque, se a empresa é pública, às vezes você mantém um município pequeno a partir do lucro que vem dos grandes. O poder público faz isso porque o objetivo da empresa não é o lucro, e sim prestar um bom serviço e reverter o lucro no social. A empresa privada vai ter um outro olhar, claro. Então, essa medida é um desastre”, considera a senadora Vanessa Grazziotin

Fora isso, haverá um forte processo de terceirização dos contratos, significando ausência de direitos trabalhistas e ataque ao poder das organizações sindicais sobre o empregador.

“Está muito ruim pra gente. Há um clima de preocupação, tensão e tristeza, porque já temos conhecimento do que acontece quando uma empresa é privatizada”, diz Francisco Marques, da direção do Sindicato dos Urbanitários do Piauí (Sintepi), que representa os funcionários da companhia no estado.

Ele destaca ainda o contexto do Maranhão e do Ceará, onde as concessionárias da Eletrobras foram privatizadas em anos anteriores e o quadro de terceirizados cresceu exponencialmente. “Atualmente, o perfil dos empregados é de 85% de terceirizados na Coelce e 90% na Cemar. É claro que os funcionários da Eletrobras se preocupam com essa nova estrutura de trabalho”, completa o dirigente.

É preciso, pois, lutar contra a privatização da Eletrobrás e de todas as empresas nacionais. É preciso lutar contra o golpe, responsável por essa política de guerra contra o Brasil e o brasileiro. É preciso resistir ao avanço do imperialismo lutando pela Liberdade de Lula e por Lula Presidente.