Justiça golpista ameaça PT por financiar campanha de Lula

Da redação – O PT não capitulou diante no golpe nas eleições e não abriu mão da candidatura de Lula à presidência. Dia 15, o partido registrou Lula como candidato no TSE, em Brasília, com um grande ato em que milhares de pessoas demonstraram seu apoio ao ex-presidente e ao seu direito de ser candidato. Como principal candidato do PT, Lula recebeu a maior parte das doações do partido, os petistas destinaram R$20 milhões à campanha eleitoral lulista.

As doações do PT a Lula confrontam a perseguição do Judiciário ao partido. No final de julho, Raquel Dodge, procuradora-geral da República e chefe do Ministério Público Eleitoral, afirmou que “os inelegíveis que usarem recursos públicos nas suas campanhas terão de devolver”. Esta afirmação é uma ameaça à autonomia dos partidos, que ficam sob o risco de ter que devolver o dinheiro gasto na campanha dos candidatos que escolherem.

Trata-se de uma tentativa da justiça golpista de definir pelos partidos quem serão seus candidatos. Como se todas as regras que restringem as eleições não fossem o suficiente, querem escolher também quem pode ou não ser candidato, por meio de uma série de pressões e decisões arbitrárias. A pressão para que o PT desista da candidatura de Lula é enorme. Líder em todas as pesquisas, Lula está demolindo a farsa eleitoral que a direita golpista está procurando armar para apresentar um presidente com o programa do golpe que seja “eleito” e portanto “legítimo”. A candidatura de Lula está dificultando a manobra e expondo a perseguição política do regime contra o PT e a esquerda, situação que alimenta a crise do golpe.