Golpistas aumentam controle sobre as universidades

O golpe de Estado organizado pela burguesia está revelando abertamente a política da direita contra o povo. De todas as maneiras possíveis, os direitistas estão procurando demonstrar que defendem os interesses de alguns poucos capitalistas, arrasando com os direitos da grande maioria da população.

Nesse sentido, a educação não poderia ficar fora do trator destruidor dos golpistas. A direita iniciou no país um duro processo de destruição da educação pública, revelando seu caráter obscurantista contra o acesso à informação e à produção científica. As universidades, tanto estaduais quanto federais, entraram em uma profunda crise, onde algumas estão ameaçadas de fechar as portas em um futuro não tão distante, como é o caso da UERJ, uma das maiores universidades do país.

Em dezembro, foi anunciado, pela primeira vez, que apenas metade do dinheiro destinado às federais para investimentos com obras e compra de máquinas poderá ser diretamente usado pelas universidades; o restante estará sob o controle do Ministério da Educação (MEC), isto é, dos golpistas mais abertamente.

Trata-se de mais um ataque às universidades públicas. Com esta medida, aumentará o poder dos golpistas para controlar as universidades, facilitando seu sucateamento e, portanto, sua privatização, que é o objetivo real da burguesia, que age como sanguessuga sempre que possível.

Sendo assim, os estudantes precisam reagir amplamente contra o ataque à educação pública, criando comitês de luta contra o golpe em suas universidades para derrotar a política dos golpistas. Para isso, mobilizações isoladas contra “x” ou “y” não adiantam; é necessário se organizar com o conjunto da sociedade e ter uma luta geral contra o golpe, denunciando o muito possível golpe militar, a perseguição política ao ex-presidente Lula e assim por diante. Apenas uma luta unificada pode derrotar os golpistas e, assim, defender o direito à educação gratuita para todos.