Impedir a prisão de Lula é lutar contra a privatização dos Correios

A prisão anunciada do ex-presidente da República do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, sem provas, sem crime, pelos golpistas do Judiciário é parte do golpe de Estado que está em curso no Brasil.

Para os golpistas, retirar Lula do cenário político nacional, inviabilizá-lo eleitoralmente é condição sine qua non para que o golpe se estabilize no Brasil e imponha de forma decidida a política liberal de ataque ao povo brasileiro, com as privatizações das empresas nacionais e a entrega das riquezas do país aos grandes capitalistas internacionais.

O golpe já conseguiu modificar uma quantidade significativa de leis que irão empobrecer ainda mais o povo brasileiro, como foi a “reforma trabalhista”, lei da terceirização, congelamento do orçamento público etc.

O centro das iniciativas golpistas nesse momento é o de prender o principal líder dos movimentos sociais do país, Luiz Inácio Lula da Silva. Sem prender Lula e inviabilizá-lo nas eleições de 2018, todas essas medidas golpistas ficam na corda bamba, possíveis de serem revogadas e a continuidade do golpe fica em uma contínua ameaça.

Sem contar o fato de que uma prisão de Lula, nessas condições, colocaria todo o movimento operário e popular na defensiva diante dos golpistas, que podem impor a partir daí uma perseguição implacável aos partidos de esquerda, sindicatos, movimentos populares e suas lideranças, buscando a criminalização dos movimentos sociais.

Diante desse potencial enfrentamento da direita contra a esquerda, os trabalhadores dos Correios, que estão em ameaça constante com a privatização da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) não podem se omitir.

É necessário que a categoria, nacionalmente, se coloque abertamente contra a prisão de Lula e o golpe de Estado no país, formando comitês de luta contra o golpe e a prisão de Lula, pois sem travar essa luta, todos os ataques dos golpistas aos direitos e benefícios dos trabalhadores dos Correios serão facilitados, o que com certeza terminará na privatização dos Correios e na demissão em massa de toda categoria.