É Golpe! STF quer parlamentarismo para impedir que o povo eleja Lula!

Com a proximidade das eleições de outubro e diante da ausência de candidatos eleitoralmente viáveis da direita, o Supremo Tribunal Federal (STF) resolveu pautar para o dia provável de 20 de junho a discussão acerca da possibilidade de se implementar o parlamentarismo no Brasil, por meio de uma emenda à Constituição, com vistas a substituir o sistema presidencialista, transformado num grande inconveniente para a burguesia.

No intuito de discutir e votar o assunto antes do término do mandato da atual Presidente do STF, Ministra Cármen Lúcia, fiel aliada dos golpistas, foram marcadas até três reuniões extraordinárias antes do recesso de julho.

A ação sobre o parlamentarismo está paralisada no STF desde 1997, há 21 anos, e agora sua votação se faz extremamente necessária para a direita, que se vê ameaçada de não eleger ninguém e perder todo o controle da situação do país, que atravessa um momento de profunda crise econômica e política.

Neste cenário, o ex-presidente Lula, principal opositor da política neoliberal decadente dos capitalistas, aparece com chances de vencer já no primeiro turno das eleições, mesmo estando preso e impedido de se comunicar com o povo.

A burguesia precisa garantir que alguém de sua confiança seja colocado na Presidência da República para continuar com seu plano econômico de privatizações, arrocho fiscal, congelamento de salários, retirada de direitos sociais, e exploração generalizada do povo e das riqueza do Brasil. E, para tanto, nada mais útil do que abolir o voto direto para o cargo de Presidente da República através do sistema parlamentarista de governo, o qual, com a votação no STF, pode ser imposto sobre toda a população por meio de uma canetada do Poder mais autoritário e anti-democrático que é o Judiciário.

Basta lembrar que o sistema de escolha indireta do Presidente da República, por meio de parlamentares ou colégios eleitorais, já foi rejeitado pela população brasileira no plebiscito de 1993.