Diesel vai subir 14,4%: a volta do preço da direita golpista

Depois de estar congelado desde junho graças à greve dos caminhoneiros, o preço do diesel volta a subir, a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) acaba de divulgar os novos preços de referência para a venda do diesel e o aumento foi de até 14,4% em algumas regiões. Uma das conquistas da greve de maio foi o subsídio do governo em relação ao preço do diesel, o Governo Federal se comprometeu a pagar R$ 0,30 do litro de diesel. Os ajustes já levam em conta esse subsídio do governo e já entraram em vigor neste sábado. A região mais impactadas será o Centro-Oeste.

Esses aumentos se dão segundo o preço internacional e o câmbio do dólar. O Brasil importa 30% do diesel que consome, sendo que a grande maioria desse diesel importado é proveniente dos Estados-Unidos. É importante ressaltar que a maioria das refinarias brasileiras estão operando com dois terços ou até metade do seu potencial total. O aumento da importação de petróleo americano e a estagnação da produção nas refinarias da Petrobrás são consequência diretas do golpe. As industrias estratégicas do Brasil estão sendo sucateadas parra não poderem concorrer com empresas internacionais no mercado como vinham fazendo, por isso que tivemos duros ataques a empresas nacionais como Odebrecht, JBS, Petrobrás, Eletrobras e assim por diante, além de suprimirem o principal financiador dessas empresas o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS).

Agora que estamos em época de eleição vemos candidatos de esquerda dizendo que lutaram contra a venda da Petrobras, como o candidato do PSOL Guilherme Boulos. Nesse sentido Boulos é a perfeita figura de um político tradicional: de que adianta prometer se antes do impeachment da Dilma o mesmo disse que seu governo era “indefensável”.

A luta contra o golpe e pelo petróleo 100% estatal deve ser constante e diária e sem contradição entre discurso e ato.