Crise do golpe: resistência está bloqueando privatização da Eletrobrás

Os golpistas estão encontrando maiores dificuldades para privatizar a indústria nacional, ou seja, distribuir para o capital financeiro as riquezas brasileiras a troco de banana. O que está pautada para ser realizada até o meio do ano, em virtude do foco do Congresso ser as eleições (se houver) a partir de junho, é a privatização da Eletrobrás.

Não está sendo uma tarefa para o governo golpista de Michel Temer. O tema das privatizações expõe as verdadeiras fraturas e contradições da burguesia no processo golpista. Ele opõe de um lado a burguesia imperialista, que quer que privatize tudo, pois um nacionalismo entregue ao capital financeiro é o objetivo central do imperialismo norte americano que golpeia todo o mundo.

Do outro lado está a burguesia nacionalista, que atua nos partidos de esquerda pequeno burguesa que perde muito do seu poderio financeiro com a efetivação das privatizações, pois as burguesias nacionalistas dependem de relações próximas com um Estado relativamente forte.

 

Não se pode nutrir ilusões, que em virtude dessas dificuldades, Temer não consiga privatizar a Eletrobrás. As negociações estão a todo vapor tanto na Câmara quanto no Senado. Segundo Baleia Rossi (MDB-SP) :“Tenho visto resistência do pessoal de Minas e do Nordeste, mas nossa expectativa é que o relatório que está sendo trabalhado pelo deputado Aleluia (DEM-BA) traga a solução para aprovar o projeto dando a ressalva que eles querem”

Essa crise não detém por si só a saga golpista de privatizações do imperialismo, que nesses termos, apenas pode ser contida com a anulação do impeachment e da prisão de Lula e, finalmente, acabando com a intervenção militar no Rio de Janeiro.