Como na Venezuela, imperialismo quer intervir para derrubar o governo na Nicarágua

O golpe na Nicarágua continua em marcha. O governo está encurralado pelas mobilizações patronais que acontecem pelo país e que têm como principal objetivo derrubar o governo nacionalista de Daniel Ortega. O mesmo modus operandi da direita agindo na desestabilização de governos mundo afora.

A Nicarágua vive a cópia da tentativa de golpe de Estado na Venezuela. O mesmo apoio da imprensa internacional, os mesmos crimes, a mesma manipulação. Como em Caracas, entre abril e julho do ano passado, há dias que Managuá e outras cidades da Nicarágua vivem dias de extrema violência e manifestações orquestradas pelo governo imperialista norte-americano.

Mas não satisfeito em apenas colocar infiltrados para organizar os protestos, os EUA exigem o fim imediato da repressão de protestos opositores e que o governo atenda às reivindicações dos manifestantes, estimulando a antecipação das eleições como saída para a crise.

Diante desse cenário, fica a indagação: Ortega perdeu a legitimidade nos 16 meses de gestão governamental? Cometeu erros que o desqualificam como presidente da nação? Não. Ao contrário, seu governo organizou ações destinadas a melhorar as condições de vida do povo. Hoje, educação e saúde são gratuitas para grande parte da população e o equilíbrio econômico está mantido.

Claro está que esse governo nacionalista de Ortega gera desconfiança em Washington. Por isso estão financiando mais um golpe na América Latina, mais uma “primavera democrática” se aproxima do continente.

É preciso denunciar o golpe de Estado na Nicarágua, pois está claro que se trata de um processo de desestabilização que segue à risca um manual externo já utilizado em outros país da América Latina, entre eles, a Venezuela.