Coletivos negros denunciam fraude nas cotas na UFSC

Coletivos negros denunciaram fraude no sistema de cotas na Universidade Federal de Santa Catarina. Segundo estes, de 2014 a 2017 não foram realizadas bancas de verificação do sistema de cotas PPI (pretos, pardos e indígenas) o que teria beneficiado ilegalmente estudantes brancos no ingresso à Universidade.

Os coletivos apontam pelo menos 40 casos em que alunos ingressaram nos cursos de Direito, Medicina, Enfermagem, Odontologia, Arquitetura, Psicologia e Engenharia autodeclarando-se pardos, sem a “verificação”. Os coletivos defendem a verificação de todas as autodeclarações e pedem o fim da unanimidade como critério das decisões.

Assinam o documento o coletivo negro Lélia Gonzáles, Coletivo Kurima, Movimento Negro em Defesa das cotas, coletivo Vozes Negras e coletivo negro saberes. A preocupação dos coletivos é de que justamente as cotas se descaracterizam como instrumento de inclusão do negro na Universidade. A Universidade, em edital, segue os padrões nacionais para cotas, 32% das vagas em cada cursos destinadas a pretos, pardos e indígenas.