Candidato notícia falsa: Ciro inventou o mega-empresário que não é especulador

Não fosse o golpe de Estado, bem que as eleições no Brasil seriam um espetáculo cômico de se acompanhar.

Aqui temos “salvadores da pátria” de diferentes matizes. Políticos ou melhor “curandeiros” que têm a fórmula para resolver todos os males da pobre pátria chamada Brasil.

Um deles, em particular, tem se destacado por procurar parecer ser o que realmente não é. Falamos do notório “abutre” Ciro Gomes.

Esse paulistano crescido no sertão cearense foi “líder” em sua juventude do partido da ditadura militar, a ARENA, controlada naquele estado pelos antigos “coronéis” das oligarquias cearense. Com o ocaso a ditadura, foi “adotado” pelo candidato a novo “coronel”, agora sob o manto da “Nova República”, o megaempresário e representante da Coca-Cola e da Rede Globo no Estado, o atual senador Tasso Jereissati.

Como o novo era ser “progressista”, o garoto da ARENA, buscou uma carapuça que escondesse o que realmente é. Do alto do seu personalismo evoluiu de pupilo para parceiro do “novo coronel” cearense e construiu o seu próprio “puxadinho” no Estado.

De governador do Ceará, chegou a ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, em substituição ao então ministro Fernando Henrique Cardoso, para dar prosseguimento à implementação do Plano Real, a base sobre a qual se ergueu a primeira onda neoliberal no Brasil, em meados dos anos 90, justamente com o candidato a presidência escolhido pelo imperialismo e pelo grande capital nacional, FHC, em uma das maiores manipulações políticas já ocorridas até então no país, talvez superada apenas pelo Golpe de Estado de 2016.

Diante do seu “voo” nacional, embora não mais no PSDB, Ciro foi uma peça na engrenagem daquele partido nas eleições 2002 e 2006, foi candidato pelo PPS, um “laranja” do PSDB, na tentativa de tirar votos do PT e levar às eleições para um segundo turno, permitindo, no mínimo, um maior comprometimento do PT com os partidos do regime político.

Esses breves relatos da trajetória de Ciro mostram, que não estamos diante de uma candidatura de esquerda, muito ao contrário. Embora travestido de esquerdista, Ciro é uma figura de confiança da direita. Todas as suas bravatas contra o golpe, não passaram disso: meras bravatas. Ciro é uma jogada de marketing, trata-se de um político infiltrado com objetivo de aparentar o que realmente não é.

No atual momento, o ensaboado Ciro, tem uma certeza. Nada de Lula. Sua candidatura se coloca como busca ainda vir a ser o “Plano B”, por isso as tratativas com o PCdoB e o PSB, mas nunca sem esquecer o DEM. Existe ainda o outro lado, porque não o candidato do “centro”, leia-se, dos golpistas, diante da falta de candidatos da direita? Tem ainda a possibilidade da “candidatura de conciliação nacional” contra, nas palavras do próprio candidato bravateiro o “boçal despreparado”, Jair Bolsonaro.

Mas como no mundo nem tudo são flores, haja sabão para manter o discurso de uma no cravo e outra na ferradura. Ao tempo em que esbraveja contra o capital financeiro; “do mercado financeiro, em nenhuma hipótese”, ao se referir ao seu candidato a vice em recente encontro com prefeitos de Santa Catarina, tem como um dos seus patronos o megaempresário, que não é especulador (imagina, é capital produtivo!), Benjamin Steinbruch.

Steinbruch, um possível vice de Ciro, não apenas é especulador, como é homem de confiança do imperialismo.  Basta ver o seu papel como um dos principais articuladores do golpe de Estado no Brasil.

O Ciro notícia falsa é justamente o que ele é. Um candidato da direita para virar a página do golpe no país.