Campanha contra ocupação no “quilombo” da Tuiuti

Dada a gravíssima situação em que o Estado do Rio de Janeiro se encontra, com a intervenção militar, o Partido da Causa Operária tem realizado uma ampla campanha de agitação política nas favelas e bairros populares da Capital fluminense.

A recepção do povo dessas localidades, como já era de se esperar, tem sido avassaladora. No caso do complexo da Maré, por exemplo, sendo generosos com os “coxinhas”, das cerca 4 mil pessoas que receberam o suplemento do PCO contra a ocupação militar, apenas 20 disseram ser favoráveis à intervenção militar.

A última atividade da semana passada foi realizada no morro da Tuiuti, lar da escola de samba que foi um enorme destaque no último carnaval do Rio e que deu uma aula de política para toda a esquerda brasileira com o seu desfile altamente politizado contra o golpe e as medidas do governo do “vampirão” Temer.

Os ativistas do PCO, chegaram ao local por volta das 7h da manha e realizaram uma ampla colagem de cartazes nas localidades do morro, no bairro de Sao Cristóvão, com claro apoio dos moradores da localidade.

A colagem de cartazes foi atacada por “chefetes” da prefeitura na região , da  mesma prefeitura sob a gestão do bispo Marcelo Crivella, que estava viajando em pleno carnaval quando os golpista armaram uma “crise na segurança” para servir de pretexto para a intervenção militar na cidade. Cumprindo ordens de seus superiores, funcionários da prefeitura, usaram carros pipa para disparar jatos de água sobre os cartazes. O mesmo tratamento, obviamente, não foi dado aos diversos cartazes e pichações que não tinham uma conotação política explícita, ainda mais uma que se coloca em conflito direto com a política da intervenção militar.

Além de denunciar essa atitude ditatorial da gestão do prefeito Crivella, é preciso deixar claro que tais atitudes , de modo algum, vão paralisar a campanha contra a intervenção.

Não vai haver recuo e as atividades vão se intensificar, animadas pelo amplo apoio popular que conquistou no Tuiuti e em muitas outras comunidades.

Abaixo a intervenção militar no Rio de Janeiro! Lugar de militar é no quartel!